DO ENVIADO A DOHA

Se no âmbito das relações internacionais a presença do sudanês Omar al Bashir é o que mais chamará a atenção em Doha, no plano regional, é a ausência do ditador egípcio, Hosni Mubarak, que promete roubar a cena e expor as profundas divisões entre os países árabes.
Ele decidiu enviar uma delegação de baixo escalão -sinal de desagrado endereçado aos anfitriões.
No centro da disputa está a crescente influência regional do Irã, com quem o Qatar mantém boas relações, e a relutância da Síria em sair da órbita de Teerã. A recente ofensiva israelense contra o grupo palestino Hamas, que é apoiado por Irã e Síria, ampliou o racha.
Egito e Qatar assumiram atitudes opostas em relação à crise palestina.
O Cairo busca fortalecer a Autoridade Nacional Palestina, tentando intermediar um governo de união nacional. Mas o Qatar não esconde sua simpatia pelo Hamas, e chegou a convidar líderes do grupo e do Irã em janeiro para uma cúpula em Doha, o que causou imensa irritação no Cairo. (MN)


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