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IRAQUE OCUPADO
Segundo pesquisa, 47% acham que foi certo invadir o Iraque; há um mês, esse percentual era de 58%
Apoio à guerra e a Bush cai entre americanos
DA REDAÇÃO
De acordo com a mais recente
pesquisa "The New York Times"/
"CBS News", o apoio à guerra encolheu de maneira significativa
nos últimos meses e os americanos estão cada vez mais críticos
quanto à maneira com que o presidente George W. Bush lida com
o conflito.
Após dar um suporte inicial robusto à guerra, a população está
agora igualmente dividida sobre
se os soldados americanos devem
permanecer no Iraque pelo tempo que for necessário para estabilizar o país ou se retirar o mais cedo possível. Questionados se os
EUA tinham agido certo ao lançar
uma operação militar contra o
Iraque, 47% disseram que sim, e
46% disseram não. Há um mês, as
respostas afirmativas somavam
58%. A pesquisa foi divulgada no
mesmo dia em que Bush depôs à
comissão do 11 de Setembro, o
que ressalta as dificuldades que o
presidente vem enfrentando.
O menor apoio público à guerra
não se traduziu em vantagem significativa para o virtual candidato
democrata, John Kerry. Os dois
continuam em empate técnico
-inclusive no cenário com o independente Ralph Nader.
A aprovação a Bush é maior em
áreas vitais para sua reeleição, como na avaliação da maneira como
o presidente republicano lida com
ameaças terroristas (60% dos
americanos têm em boa conta seu
desempenho).
Mesmo assim, um ano depois
de o presidente ter feito discurso
no porta-aviões Abraham Lincoln
proclamando o fim das principais
operações de combate, a sua taxa
geral de aprovação despencou
dos altos níveis que atingiu durante a guerra. Ela está agora em
46%, no ponto mais baixo de toda
a sua Presidência. Na mesma época, em 1996, o presidente democrata Bill Clinton tinha 48% e acabou se reelegendo naquele ano.
Durante uma conferência de
prefeitos negros realizada ontem
na Filadélfia, Kerry aproveitou o
momento e atacou Bush por sua
política no Iraque: "Hoje sabemos
que a missão não está cumprida e
que chegou o momento de termos um novo plano".
O senador por Massachusetts,
que votou no Senado a favor da
guerra e depois se disse enganado
por Bush, também acusou o presidente de não proteger as instalações químicas do país contra o
risco de atentados. "Dois anos e
meio depois do 11 de Setembro,
continuamos esperando para
proteger as instalações químicas.
Gostaria que sua política fosse tão
dura quanto suas palavras. Em
vez de enganar com as armas de
destruição em massa do Iraque,
deveria tomar medidas para impedir que uma de nossas instalações químicas se transforme em
uma arma contra nós."
Com agências internacionais e "The New
York Times"
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