São Paulo, sexta-feira, 30 de abril de 2004

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EUROPA

Chirac diz que Turquia não entra já na UE

DA REDAÇÃO

As aspirações da Turquia de se tornar o primeiro integrante islâmico da União Européia estão por enquanto arquivadas, em razão das declarações feitas ontem pelo presidente da França, Jacques Chirac, de que seriam necessários de dez a 15 anos para que aquele país preencha as condições necessárias para a adesão ao bloco.
A Turquia é membro da Otan (aliança militar ocidental) desde 1952 e esperava abrir negociações com a UE em 2005. O sinal vermelho de Chirac estabelece também um limite imediato para a ampliação do bloco, que a partir de amanhã passa de 15 para 25 membros.
Segundo o presidente francês, a Turquia deverá melhorar seu desempenho em questões de direitos humanos e reformar seu Judiciário antes de considerar seriamente sua candidatura.
Um porta-voz da diplomacia turca disse que o governo de Ancara aceitava as objeções de Chirac, mas que mesmo assim achava possível iniciar a curto prazo as negociações para a adesão.
A Comissão Européia havia afirmado em novembro que o governo turco fizera "progressos significativos", mas ao mesmo tempo apontou obstáculos.
O Reino Unido e a Alemanha defendem a entrada da Turquia no bloco, assim como os EUA.
Ainda ontem, recebendo o novo premiê espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, Chirac disse que Madri e Paris estão em sintonia e formarão com Berlim uma forte aliança por afinidades na Europa. Os três são contrários à guerra no Iraque, embora o antecessor de Zapatero a apoiasse.


Com agências internacionais


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