São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008

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Chávez diz agora buscar acordo com siderúrgica

DA REDAÇÃO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, baixou ontem o tom em suas declarações sobre o processo de nacionalização da siderúrgica Sidor. Ao anunciar que representantes de seu governo e da empresa, controlada pelo grupo argentino Techint e com participação minoritária da brasileira Usiminas, estavam reunidos para discutir a estatização, Chávez disse: "Sempre dissemos que queremos levar todas as decisões pelo melhor caminho, buscando um acordo, um consenso em que todos ganhem. Essa é a nossa idéia".
No domingo, o venezuelano tinha sido muito mais duro, colocando ontem como a data final para que a siderúrgica aceitasse os termos impostos pelo governo. "Faço um apelo à Sidor. Não vamos pagar US$ 4 bilhões nem US$ 3 bilhões. E se não chegarmos a um acordo nas próximas horas, na terça eu assino um decreto de expropriação e mando ocupar a fábrica", disse ele na ocasião.
Ontem, Chávez afirmou que governo e empresa estão discutindo "a parte técnica, financeira e econômica e outros detalhes" para que o Estado reassuma o controle da siderúrgica, que foi privatizada em 1997 por US$ 1,2 bilhão.
A decisão de estatizar a Sidor foi anunciada pelo governo Chávez no dia 9, como represália a uma fracassada negociação salarial de 15 meses dos empregados da fábrica. Até o fechamento desta edição, o resultado da reunião entre governo e Sidor não havia sido divulgado.
Também ontem, em iniciativa para frear a inflação no país e diminuir os problemas de desabastecimento, o governo venezuelano autorizou aumentos de até 84% nos produtos avícolas e na farinha de milho.


Com agências internacionais


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