São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010 |
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Colômbia vai às urnas hoje mirando 2º turno
Curta, campanha opõe uribismo de Santos à ética do centrista Mockus
eleitoral de Bogotá FLÁVIA MARREIRO ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ A Colômbia começa hoje a escolher o sucessor de Álvaro Uribe após a campanha mais curta da história e já mirando alianças do segundo turno. Pelas pesquisas, estão tecnicamente empatados Juan Manuel Santos, candidato do governo -que tem aprovação acima de 70%-, e Antanas Mockus (Partido Verde). Sem confrontar as principais bandeiras do uribismo na segurança e na economia, Mockus, ex-prefeito de Bogotá, arrebatou jovens e principalmente a classe média urbana ao propor ética de uma maneira quase religiosa. "Dado os casos de corrupção dos últimos anos, o simples fato de propor legalidade tem apelo forte na Colômbia", diz Mauricio Romero, professor da Universidade Javeriana de Bogotá. Para Javier Restrepo, do instituto Ipsos Napelón Franco, a votação alcança o candidato verde em descenso, se considerada a tendência da última pesquisa de opinião. É também no que aposta o centro Invamer Gallup. "Houve efeito da propaganda negativa de Santos, que explorou as hesitações do oponente. E isso, numa campanha tão apertada, faz diferença", diz Restrepo. Ex-ministro da Defesa de Uribe, Santos apoia-se na ofensiva do governo Uribe contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e diz que só ele poderá dar continuidade a ela. Na última semana, a investida governista tem aparecido também em forma de várias promessas setoriais, principalmente nas cidades, onde Mockus tem estreita vantagem. Só na semana passada, o governista prometeu proteção aos ambulantes e aos mototaxistas, por exemplo. Os verdes, porém, acreditam que os jovens arregimentados no Facebook serão responsáveis pela menor abstenção em 12 anos, diante da maquinaria partidária. Segundo a ONG Missão de Observação Eleitoral, os riscos à lisura do processo de hoje são: interferência de funcionários do governo e coação de grupos armados. SEGUNDO TURNO Em caso de segundo turno, os próximos dias serão dedicados à busca de alianças com candidatos que conseguiram manter fatias pequenas, mas, nesta conjuntura, cruciais, do eleitorado. Dois deles, Noemí Sanín (Partido Conservador) e o bom orador Germán Vargas Lleras (Cambio Radical), fazem parte da coalizão atual uribista. No último debate na TV, porém, integraram o bloco "todos contra Santos". Já Mockus, diz Boris Salazar, da Universidade do Valle, cometeu o erro ao atacar o candidato esquerdista, senador Gustavo Petro (Polo Democrático), há 15 dias. Próximo Texto: Frase Índice |
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