São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2011

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Dilma quer proteger Mercosul de "invasão"

DO ENVIADO A ASSUNÇÃO

A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem em Assunção, no Paraguai, uma regulação dos mercados do Cone Sul que os preserve de invasão estrangeira.
Em cúpula dos países do bloco, Dilma repisou proposta apresentada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), afirmando que o Mercosul precisa reequilibrar o atual cenário comercial, marcado cada vez mais pela presença de produtos chineses.
A presidente defendeu a adoção de medidas protecionistas contra a invasão não apenas de mercadorias da China, mas também dos EUA.
Segundo ela, produtos estrangeiros que não ocupam espaço nos mercados de seus próprios países vêm para a América do Sul, prejudicando a indústria local.
"Temos que cuidar dos mercados que servem de estímulo para o nosso crescimento e agregar valor aos nossos produtos", disse.
A proposta apresentada pelo Brasil ainda será discutida. Segundo Mantega disse à Folha, a ideia é aumentar o número de produtos não tarifados no Mercosul, com o objetivo de encarecer a importação estrangeira, favorecendo, assim, o comércio dentro do bloco.
No encerramento da 41º cúpula de presidentes do Mercosul, ontem, o Paraguai transferiu para o Uruguai a presidência temporária do bloco comercial.
A adoção de barreiras comerciais, um dos maiores entraves do Mercosul e causa de recente atrito entre Brasil e Argentina, não foi discutida.
"As pessoas ficam doentes", limitou-se a responder Dilma sobre a ausência de Cristina Kirchner, com quem iria se encontrar para tratar do tema. A presidente argentina cancelou a viagem para o Paraguai por causa de uma lesão na testa. (LUCAS FERRAZ)


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