São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2011

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Obama pede cortes e usa as filhas como bom exemplo

Presidente quer conter isenções para os ricos

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, usou sua primeira entrevista coletiva em três meses para chamar a atenção do Congresso -sobretudo da oposição- e enfatizar a necessidade de conter gastos e de acabar com o alívio fiscal para "milionários e bilionários".
O esforço retórico ganhou ar paternal quando o presidente usou as filhas como argumento.
"Malia e Sasha sempre terminam sua lição de casa um dia antes. Não deixam tudo para a última hora. E elas têm 13 e 10 anos. Fala sério, não é tão difícil", disse, aludindo ao Legislativo.
O governo americano precisa que o Congresso aprove até o início de agosto a elevação do teto da dívida federal, hoje em US$ 14,3 trilhões, sob pena de não ter mais autorização para gastar nada.
Isso inclui deixar de pagar os juros já correntes -os americanos têm a maior dívida externa do mundo-, com um possível efeito dominó sobre mercados já assombrados pela crise europeia.
Paralelamente, Obama propôs cortes drásticos no Orçamento e é criticado por não fazer mais. Nesse front, ele exortou os líderes no Congresso a agir rápido e destravar as negociações.
"Não chegaremos ao corte de US$ 4 trilhões de que precisamos se só mexermos nos 12% do Orçamento dedicados a educação e inspeção alimentar", afirmou, citando as propostas recorrentes da oposição republicana.
Ele também defendeu cortar o Orçamento da assistência médica federal aos mais carentes, "mas por meio de enxugamento de custos, e não cobrando mais dos cidadãos mais velhos".
O Medicare é o alvo-mor dos pré-candidatos republicanos à eleição presidencial de 2012.


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