|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Israel permite entrada de cimento para a reconstrução de Gaza
Bloqueio israelense impedia ações no território palestino, alvo de ofensiva demolidora há 6 meses
DA REDAÇÃO
Israel vai permitir o transporte de centenas de toneladas
de cimento e material de construção para a faixa de Gaza para
abastecer projetos de reconstrução no território palestino,
informaram ontem autoridades israelenses. A decisão foi
anunciada no momento em
que Washington intensifica os
esforços para negociações de
paz entre judeus e palestinos,
com o envio de altos funcionários do governo americano a Israel nesta semana.
É a primeira vez desde o
bombardeio a Gaza, há seis meses, que Israel autoriza a passagem desse tipo de mercadoria
ao território palestino, que sofre bloqueio de fronteiras. A
iniciativa faz parte de acordo
firmado recentemente entre o
governo israelense e o enviado
da ONU para o Oriente Médio,
Robert Serry, para permitir o
desenvolvimento de dez projetos de reconstrução em Gaza.
Na segunda-feira, Karen Koning AbuZayd, comissária-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), havia dito à Folha que os recursos
para reconstrução existiam,
mas que, como Israel impedia a
entrada de material de construção, pouco poderia ser feito.
No fim de dezembro, Israel
lançou pesados bombardeios a
Gaza, durante três semanas,
matando cerca de 1.400 pessoas, além de ter destruído
centenas de prédios e a infraestrutura das cidades. Segundo
Israel, a operação visava militantes do Hamas, grupo islâmico que controla o território.
O bombardeio israelense
acabou três dias antes da posse
do presidente dos EUA, Barack
Obama, que agora se empenha
para negociar a paz entre israelenses e palestinos, com o envio de autoridades importantes
de seu governo para Israel.
O general James Jones, assessor de Segurança Nacional
da Casa Branca, visitou ontem
o premiê de Israel, Binyamin
Netanyahu, para falar sobre o
Irã e sobre os palestinos.
Na mesma semana, Robert
Gates, secretário da Defesa
americano, e George Mitchell,
enviado especial dos EUA ao
Oriente Médio, também tinham ido a Israel.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Conservadores ameaçam retirar apoio a Ahmadinejad Próximo Texto: África: Exército amplia ofensiva contra radicais islâmicos na Nigéria Índice
|