São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009

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Israel permite entrada de cimento para a reconstrução de Gaza

Bloqueio israelense impedia ações no território palestino, alvo de ofensiva demolidora há 6 meses

DA REDAÇÃO

Israel vai permitir o transporte de centenas de toneladas de cimento e material de construção para a faixa de Gaza para abastecer projetos de reconstrução no território palestino, informaram ontem autoridades israelenses. A decisão foi anunciada no momento em que Washington intensifica os esforços para negociações de paz entre judeus e palestinos, com o envio de altos funcionários do governo americano a Israel nesta semana.
É a primeira vez desde o bombardeio a Gaza, há seis meses, que Israel autoriza a passagem desse tipo de mercadoria ao território palestino, que sofre bloqueio de fronteiras. A iniciativa faz parte de acordo firmado recentemente entre o governo israelense e o enviado da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, para permitir o desenvolvimento de dez projetos de reconstrução em Gaza.
Na segunda-feira, Karen Koning AbuZayd, comissária-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), havia dito à Folha que os recursos para reconstrução existiam, mas que, como Israel impedia a entrada de material de construção, pouco poderia ser feito.
No fim de dezembro, Israel lançou pesados bombardeios a Gaza, durante três semanas, matando cerca de 1.400 pessoas, além de ter destruído centenas de prédios e a infraestrutura das cidades. Segundo Israel, a operação visava militantes do Hamas, grupo islâmico que controla o território.
O bombardeio israelense acabou três dias antes da posse do presidente dos EUA, Barack Obama, que agora se empenha para negociar a paz entre israelenses e palestinos, com o envio de autoridades importantes de seu governo para Israel.
O general James Jones, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, visitou ontem o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, para falar sobre o Irã e sobre os palestinos.
Na mesma semana, Robert Gates, secretário da Defesa americano, e George Mitchell, enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, também tinham ido a Israel.

Com agências internacionais



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