|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ÁFRICA
Exército amplia ofensiva contra radicais islâmicos na Nigéria
DA REDAÇÃO
O Exército da Nigéria aumentou ontem o cerco contra o grupo islâmico Al-Sunna wal Jamma no norte do
país, em mais um dia de conflitos sectários na região.
O grupo islâmico radical
promoveu, no início da semana, violentos levantes em
defesa da adoção mais ampla
da sharia -lei islâmica- na
Nigéria, o que desencadeou a
reação das tropas. O saldo
dos conflitos até agora é de
cerca de 180 mortos e 4.000
refugiados. Dezenas de pessoas foram presas.
Na cidade de Maiduguri,
bastião do Al-Sunna, as tropas trocaram tiros com os radicais e encontraram cem
mulheres e crianças presas
pelos grupo islâmico há seis
dias. Segundo depoimentos
colhidos pela BBC, eram parentes de homens recrutados pelo Al-Sunna.
O grupo -também chamado de Boko Haram, que significa "a educação ocidental
é pecaminosa"- defende a
ampliação da sharia como
forma de combater a corrupção e a imoralidade que consideram influências do Ocidente. O estopim dos levantes pode ter sido uma série de
operações policiais contra os
radicais, na semana passada.
A sharia está em vigor desde 1999 em 12 dos 36 Estados
nigerianos. O país mais populoso da África -140 milhões de habitantes, 50% deles muçulmanos- enfrenta
conflitos sectários desde
1999, quando foi estabelecido um governo civil após
anos de ditaduras militares.
Ontem, ao receber em Brasília o presidente nigeriano
Umaru Yar"Adua, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a Nigéria "pela
manutenção da paz e da estabilidade regionais".
Com agências internacionais
Texto Anterior: Israel permite entrada de cimento para a reconstrução de Gaza Próximo Texto: China promete agir para reduzir a aplicação da pena de morte Índice
|