São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009

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ÁFRICA

Exército amplia ofensiva contra radicais islâmicos na Nigéria

DA REDAÇÃO

O Exército da Nigéria aumentou ontem o cerco contra o grupo islâmico Al-Sunna wal Jamma no norte do país, em mais um dia de conflitos sectários na região.
O grupo islâmico radical promoveu, no início da semana, violentos levantes em defesa da adoção mais ampla da sharia -lei islâmica- na Nigéria, o que desencadeou a reação das tropas. O saldo dos conflitos até agora é de cerca de 180 mortos e 4.000 refugiados. Dezenas de pessoas foram presas.
Na cidade de Maiduguri, bastião do Al-Sunna, as tropas trocaram tiros com os radicais e encontraram cem mulheres e crianças presas pelos grupo islâmico há seis dias. Segundo depoimentos colhidos pela BBC, eram parentes de homens recrutados pelo Al-Sunna.
O grupo -também chamado de Boko Haram, que significa "a educação ocidental é pecaminosa"- defende a ampliação da sharia como forma de combater a corrupção e a imoralidade que consideram influências do Ocidente. O estopim dos levantes pode ter sido uma série de operações policiais contra os radicais, na semana passada.
A sharia está em vigor desde 1999 em 12 dos 36 Estados nigerianos. O país mais populoso da África -140 milhões de habitantes, 50% deles muçulmanos- enfrenta conflitos sectários desde 1999, quando foi estabelecido um governo civil após anos de ditaduras militares.
Ontem, ao receber em Brasília o presidente nigeriano Umaru Yar"Adua, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a Nigéria "pela manutenção da paz e da estabilidade regionais".

Com agências internacionais



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