São Paulo, sábado, 30 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Acervo Folha conta a história de mais de 40 anos de Guerra Fria

Período encerrado em 1991, com o fim da URSS, ainda exerce influência na geopolítica mundial

Bloqueio de Berlim e crise dos mísseis estão entre os destaques do conflito indireto entre os EUA e os soviéticos

DE SÃO PAULO

A Guerra Fria acabou em 1991, com o fim da União Soviética, dizem os livros de história. Mas o mundo de hoje ainda é, em boa medida, herança dela -por exemplo, na composição do Conselho de Segurança da ONU ou nas ações da Otan, aliança militar criada em 1949 para fazer frente ao bloco comunista.
O confronto indireto entre as superpotências pós-Segunda Guerra, EUA e URSS, durou mais de 40 anos e teve como um de seus momentos simbólicos a construção do Muro de Berlim, que completa 50 anos em 13 de agosto.
As várias frentes em que esse confronto se deu foram acompanhadas com atenção pela Folha. Os registros históricos estão acessíveis, gratuitamente, no site do Acervo F?olha (acervo.folha.com.br), que contém a íntegra das edições do jornal desde 1921.
A convivência intranquila entre os vencedores da guerra virou crise aberta no episódio do Bloqueio de Berlim, uma das primeiras escaramuças da Guerra Fria ("F?olha da Manhã", 27/6/1948).
Com a derrota dos nazistas, a Alemanha fora dividida em zonas controladas por americanos, soviéticos, britânicos e franceses. Berlim, a capital, também havia sido dividida em quatro áreas.
Em junho de 1948, o ditador soviético, Josef Stálin, fechou o acesso por terra a Berlim Ocidental, para obrigar a cidade a aceitar ajuda soviética. EUA e aliados contornaram o bloqueio levando suprimentos por via aérea.
A crise seguinte eclodiria em 1950, com a invasão da Coreia do Sul pelas forças norte-coreanas, com apoio de China e URSS ("F?olha da Manhã", 27/6/1950). Com envolvimento direto dos EUA, a Guerra da Coreia foi o primeiro grande conflito pós-1945; em 1953, os participantes assinaram um armistício.
Outro momento agudo de tensão entre as superpotências foi a crise dos mísseis, em outubro de 1962, quando veio à tona que os soviéticos construíam em Cuba bases para mísseis capazes de atingir território norte-americano.
O tom dos textos, adequadamente apocalíptico no auge da crise (24/10/1962), dá lugar ao alívio quando os soviéticos concordam em retirar as suas bases da ilha (29/10/1962); os americanos aceitaram fazer o mesmo com suas instalações na Turquia.
O Acervo Folha traz também a história de dois longos conflitos envolvendo as esferas americana e soviética. O primeiro deles foi a Guerra do Vietnã, que acabou com derrota dos EUA e domínio do país pelo regime comunista.
O segundo foi a invasão soviética do Afeganistão, que resultaria no que analistas chamariam de "Vietnã da URSS" -a derrota teria papel importante na dissolução do país, noticiada em manchete pela Folha de 26/8/1991.


Texto Anterior: Líbia: Assassinato de general rebelde teria sido por facção dissidente
Próximo Texto: Estados Unidos: Juiz ordena divulgar o depoimento de Nixon em Watergate
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.