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País se divide entre parcerias com UE e Rússia
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Ucrânia está situada entre
a Rússia e o bloco europeu -no
mapa e na política. Yushchenko e Tymoshenko querem integrar o país à UE. A revolução
que eles lideraram foi um profundo choque para a Rússia,
que apoiou Yanukovich.
Os dois líderes laranjas
-Yushchenko e Tymoshenko- são fortes na parte oeste da
Ucrânia. Yanukovich, que usa
azul na campanha, tem o apoio
sobretudo na região leste, dominada por grandes fábricas e
orientada em direção à Rússia.
O que determina as posições
dos políticos ucranianos não
são somente considerações
geopolíticas, mas também interesses econômicos. Como a UE
é um mercado grande e atraente, Yanukovich e os oligarcas
que o apóiam também querem
a integração ao bloco europeu.
Aos olhos do Kremlin, a Ucrânia tem que ficar na sua esfera
de influência, enquanto na UE
muitos acham essencial assegurar a democracia e uma real
economia de mercado no país.
Parece uma disputa geoestratégica clássica. Porém, o cenário é
mais complicado.
Muitos europeus receiam
encorajar a aproximação da
Ucrânia ao bloco. Eles têm medo de serem forçados a aceitá-la como sócia, a gastar dinheiro
e dar influência ao país. Ao
mesmo tempo, a Ucrânia é importante para a UE, pois a energia comprada dos russos passa
ali antes de chegar à Europa.
Para o cientista político e especialista em Leste Europeu
Michael Emerson, do Centro
de Estudos Europeus, a falta de
consenso dentro da UE em relação à Ucrânia resultou em
uma política ambígua para o
país. Mas um novo acordo de
cooperação UE-Ucrânia tende
a fixar a ex-república soviética
mais em direção à Europa,
principalmente com a criação
de uma zona de livre comércio.
O deputado romeno Adrian
Severin, presidente da missão
de observadores da UE na eleição de hoje, afirmou que recentemente o Parlamento Europeu decidiu enviar uma mensagem clara para Kiev e para o povo ucraniano de que deseja ver
a Ucrânia totalmente integrada
no bloco. Severin ressaltou que
a maneira pela qual as eleições
vão transcorrer influenciarão
as relações com Bruxelas.(LFS)
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