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"Liberal", Marrocos suspende TV Al Jazeera
Governo diz, sem dar detalhes, que rede violou jornalismo responsável
País do norte africano
é considerado um dos menos repressivos do mundo árabe; TV já foi suspensa há dois anos
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo de Marrocos
suspendeu ontem as atividades da emissora de televisão
Al Jazeera em seu território.
O país do norte africano,
considerado relativamente
liberal no mundo árabe, alegou que as reportagens da rede sediada no Qatar (golfo
Pérsico) eram "injustas". A
decisão é a segunda em cerca
de dois anos.
Em comunicado, o Ministério de Comunicações afirma que já houve vários incidentes em que a rede violou
"regras do jornalismo sério e
responsável".
Milhares de pessoas acompanham canais estrangeiros
como a Al Jazeera via satélite.
A emissora já desagradou
a governos do Oriente Médio
e do norte da África, locais
em que a mídia atua sob fortes restrições.
Sua fama é fazer jornalismo independente numa região não acostumada a isso.
O comunicado do ministério afirma que a transmissão
da Al Jazeera "distorceu seriamente a imagem do Marrocos e prejudicou seus interesses, notadamente a integridade do seu território".
Mas não foram dados detalhes do que exatamente contrariou o governo. É possível
que se trate de alguma reportagem sobre a região de Saara Ocidental, ocupada por
Marrocos e que reivindica independência.
A Al Jazeera informou no
ar que as operações em Marrocos estavam suspensas,
mas o porta-voz da emissora
em Doha, capital de Qatar,
disse que não iria comentar a
decisão naquele momento.
Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, o Marrocos ocupa a 135ª posição entre 178 países nos índices de
liberdade de imprensa.
A emissora foi suspensa
pela primeira vez no Marrocos em maio de 2008.
O governo alegou necessidade de ajustes em questões
de ordem técnica e legal.
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