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FORÇAS ARMADAS
Efetivo do Exército ultrapassa teto permitido pelo Congresso
EUA cancelam dispensa de soldados
DA REDAÇÃO
Mais de 40 mil soldados e oficiais do Exército norte-americano
tiveram canceladas suas dispensas do serviço militar em 2003. A
decisão fez com que fosse quebrado o limite máximo de 480 mil integrantes do Exército estabelecido
pelo Congresso.
De acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal "Washington Post", diversos parlamentares questionaram a legalidade da ação quando o chefe do
Estado-Maior do Exército, general Peter Schoomaker, depôs perante a Comissão do Senado para
os Serviços Armados no mês passado. Segundo Schoomaker, o total excedente do máximo permitido já está em 20 mil soldados.
O problema não é exclusivo do
Exército. Centenas de marinheiros, fuzileiros e integrantes da
Força Aérea também ficaram
temporariamente na mesma situação durante este ano.
Vietnã
Depois da Guerra do Vietnã
(1965-75), o Congresso deu às
Forças Armadas poder para adiar
a aposentadoria e prolongar indefinidamente o tempo de serviço
dos militares. Essa decisão aconteceu em resposta à preocupação
dos comandantes de que as tropas
não estavam operando com plena
capacidade devido à troca constante de soldados treinados por
substitutos inexperientes.
Os militares recorreram à medida pela primeira vez somente em
1990, durante os preparativos para a Guerra do Golfo. Na época, o
então secretário da Defesa, Dick
Cheney, autorizou as Forças Armadas a ampliar o tempo de serviço de milhares de soldados.
Depois dos ataques terroristas
de 11 de setembro de 2001, houve
uma nova onda de prorrogações.
No dia 13 de novembro passado, o
Exército cancelou a dispensa de
milhares de soldados cujas unidades estão programadas para servir no Iraque e no Afeganistão nos
próximos meses.
Segundo o coronel Karl Reed,
comandante de um batalhão estacionado no Kuait e que será remanejado para o Iraque, ele poderia
perder até 25% dos membros de
sua unidade em 2004 se nenhuma
medida fosse tomada.
"Nosso objetivo é ter unidades
estáveis, do mais baixo esquadrão
até o comando central. Quando
uma unidade entra em ação, ela
entra em ação, treina e cumpre
suas missões com os mesmos soldados", disse ao "Washington
Post" o general Howard Bromberg, do Comando de Recursos
Humanos do Exército.
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