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São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 2003

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FORÇAS ARMADAS

Efetivo do Exército ultrapassa teto permitido pelo Congresso

EUA cancelam dispensa de soldados

DA REDAÇÃO

Mais de 40 mil soldados e oficiais do Exército norte-americano tiveram canceladas suas dispensas do serviço militar em 2003. A decisão fez com que fosse quebrado o limite máximo de 480 mil integrantes do Exército estabelecido pelo Congresso.
De acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal "Washington Post", diversos parlamentares questionaram a legalidade da ação quando o chefe do Estado-Maior do Exército, general Peter Schoomaker, depôs perante a Comissão do Senado para os Serviços Armados no mês passado. Segundo Schoomaker, o total excedente do máximo permitido já está em 20 mil soldados.
O problema não é exclusivo do Exército. Centenas de marinheiros, fuzileiros e integrantes da Força Aérea também ficaram temporariamente na mesma situação durante este ano.

Vietnã
Depois da Guerra do Vietnã (1965-75), o Congresso deu às Forças Armadas poder para adiar a aposentadoria e prolongar indefinidamente o tempo de serviço dos militares. Essa decisão aconteceu em resposta à preocupação dos comandantes de que as tropas não estavam operando com plena capacidade devido à troca constante de soldados treinados por substitutos inexperientes.
Os militares recorreram à medida pela primeira vez somente em 1990, durante os preparativos para a Guerra do Golfo. Na época, o então secretário da Defesa, Dick Cheney, autorizou as Forças Armadas a ampliar o tempo de serviço de milhares de soldados.
Depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, houve uma nova onda de prorrogações. No dia 13 de novembro passado, o Exército cancelou a dispensa de milhares de soldados cujas unidades estão programadas para servir no Iraque e no Afeganistão nos próximos meses.
Segundo o coronel Karl Reed, comandante de um batalhão estacionado no Kuait e que será remanejado para o Iraque, ele poderia perder até 25% dos membros de sua unidade em 2004 se nenhuma medida fosse tomada.
"Nosso objetivo é ter unidades estáveis, do mais baixo esquadrão até o comando central. Quando uma unidade entra em ação, ela entra em ação, treina e cumpre suas missões com os mesmos soldados", disse ao "Washington Post" o general Howard Bromberg, do Comando de Recursos Humanos do Exército.



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