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VENEZUELA
Chávez sofre criticas por ação contra emissora
DA REDAÇÃO
A decisão do presidente
venezuelano, Hugo Chávez, de não renovar a licença da emissora de TV
oposicionista RCTV gerou
críticas de entidades que
defendem a liberdade de
expressão, mas o governo
disse que a medida é irreversível.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ,
na sigla em inglês), ONG
com sede em Nova York,
disse ontem que "a decisão
é preocupante, sobretudo
pela maneira com que foi
dada a notícia", anunciada
por Chávez durante um
discurso a militares, anteontem.
"Há um órgão que tem a
competência para o setor,
a Comissão Nacional de
Telecomunicações, encarregada de determinar a
concessão das licenças.
Que o faça o próprio presidente Chávez, vestido de
militar e em um ato de
saudação ao mando militar, é preocupante", disse
o diretor para as Américas
do CPJ, Carlos Lauria.
Gonzalo Marroquín,
presidente da Comissão
de Liberdade de Imprensa
da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na
sigla em espanhol), disse
que a decisão de Chávez "é
a de castigar uma rede de
televisão por seu conteúdo
editorial".
Em entrevista coletiva
ontem, o ministro das Comunicações, William Lara, reiterou as declarações
de Chávez, mas disse que a
licença termina em 27 de
maio -o presidente venezuelano havia afirmado
que ia até março. "Não há
expropriação, não há revogação de concessão, mas o
fim da concessão."
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