São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 2006

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VENEZUELA

Chávez sofre criticas por ação contra emissora

DA REDAÇÃO

A decisão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de não renovar a licença da emissora de TV oposicionista RCTV gerou críticas de entidades que defendem a liberdade de expressão, mas o governo disse que a medida é irreversível.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês), ONG com sede em Nova York, disse ontem que "a decisão é preocupante, sobretudo pela maneira com que foi dada a notícia", anunciada por Chávez durante um discurso a militares, anteontem.
"Há um órgão que tem a competência para o setor, a Comissão Nacional de Telecomunicações, encarregada de determinar a concessão das licenças. Que o faça o próprio presidente Chávez, vestido de militar e em um ato de saudação ao mando militar, é preocupante", disse o diretor para as Américas do CPJ, Carlos Lauria.
Gonzalo Marroquín, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), disse que a decisão de Chávez "é a de castigar uma rede de televisão por seu conteúdo editorial".
Em entrevista coletiva ontem, o ministro das Comunicações, William Lara, reiterou as declarações de Chávez, mas disse que a licença termina em 27 de maio -o presidente venezuelano havia afirmado que ia até março. "Não há expropriação, não há revogação de concessão, mas o fim da concessão."


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