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ARTIGO
A autodefesa é nosso direito básico
TZIPI LIVNI
Israel retirou-se da faixa de
Gaza visando criar uma oportunidade para a paz. Em resposta,
a organização terrorista Hamas
assumiu o controle da faixa de
Gaza e usou seus cidadãos como escudos, enquanto dispara
foguetes contra a população israelense, obstruindo qualquer
possibilidade de paz.
Os cidadãos israelenses vivem há anos sob a ameaça de
ataques diários lançados desde
a faixa de Gaza. Na semana passada apenas, centenas de mísseis e morteiros foram disparados contra a população civil de
Israel, incluindo o disparo de
80 mísseis num mesmo dia.
Até agora, Israel vem tendo
uma atitude de contenção.
Mas, neste momento, não nos
restou outra opção senão o lançamento de uma operação militar. Precisamos proteger nossos cidadãos dos ataques, por
meio de uma resposta militar
contra a infra-estrutura terrorista na faixa de Gaza. Essa reação se dá no contexto de nosso
direito básico à autodefesa.
Foram feitas todas as tentativas possíveis de conquistar a
calma, sem apelar para o uso da
força. Acordamos uma trégua
com a mediação do Egito; essa
trégua foi violada pelo Hamas,
que leva adiante seus ataques a
Israel, conserva [o soldado seqüestrado] Gilad Shalit em seu
poder e reforça seu arsenal de
armamentos.
O Hamas é uma organização
terrorista, que conta com o
apoio do Irã e que não representa os interesses nacionais
legítimos da população palestina. Seus objetivos consistem
em promover a agenda do islamismo fundamentalista que
procura negar a paz aos povos
da região. Lamentavelmente,
para fazer propaganda política,
o Hamas abusa cinicamente de
sua população civil e do sofrimento dela. A responsabilidade
pelo sofrimento da população
civil é do Hamas.
Israel vai continuar agindo
para prevenir uma crise humanitária e minimizar os danos
aos civis palestinos. Enquanto
faz frente à agressão do Hamas,
continuará apostando na solução de dois Estados para dois
povos e mantém seu compromisso de continuar negociando
com as autoridades legítimas
do lado palestino, dentro do
contexto dos parâmetros do
processo de paz traçados em
Annapolis.
Israel espera contar com a
compreensão e o apoio da comunidade internacional, sendo
que a mesma também enfrenta
o fenômeno do terrorismo, e
avançar no interesse de todos
aqueles que desejam que as forças da paz e da convivência definam a agenda da região.
TZIPI LIVNI é ministra das Relações Exteriores
de Israel. Este artigo foi obtido pela Folha por intermédio do Centro de Mídia Brasil-Israel
Tradução de CLARA ALLAIN
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