São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 2008

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ARTIGO

A autodefesa é nosso direito básico

TZIPI LIVNI

Israel retirou-se da faixa de Gaza visando criar uma oportunidade para a paz. Em resposta, a organização terrorista Hamas assumiu o controle da faixa de Gaza e usou seus cidadãos como escudos, enquanto dispara foguetes contra a população israelense, obstruindo qualquer possibilidade de paz.
Os cidadãos israelenses vivem há anos sob a ameaça de ataques diários lançados desde a faixa de Gaza. Na semana passada apenas, centenas de mísseis e morteiros foram disparados contra a população civil de Israel, incluindo o disparo de 80 mísseis num mesmo dia.
Até agora, Israel vem tendo uma atitude de contenção. Mas, neste momento, não nos restou outra opção senão o lançamento de uma operação militar. Precisamos proteger nossos cidadãos dos ataques, por meio de uma resposta militar contra a infra-estrutura terrorista na faixa de Gaza. Essa reação se dá no contexto de nosso direito básico à autodefesa.
Foram feitas todas as tentativas possíveis de conquistar a calma, sem apelar para o uso da força. Acordamos uma trégua com a mediação do Egito; essa trégua foi violada pelo Hamas, que leva adiante seus ataques a Israel, conserva [o soldado seqüestrado] Gilad Shalit em seu poder e reforça seu arsenal de armamentos.
O Hamas é uma organização terrorista, que conta com o apoio do Irã e que não representa os interesses nacionais legítimos da população palestina. Seus objetivos consistem em promover a agenda do islamismo fundamentalista que procura negar a paz aos povos da região. Lamentavelmente, para fazer propaganda política, o Hamas abusa cinicamente de sua população civil e do sofrimento dela. A responsabilidade pelo sofrimento da população civil é do Hamas.
Israel vai continuar agindo para prevenir uma crise humanitária e minimizar os danos aos civis palestinos. Enquanto faz frente à agressão do Hamas, continuará apostando na solução de dois Estados para dois povos e mantém seu compromisso de continuar negociando com as autoridades legítimas do lado palestino, dentro do contexto dos parâmetros do processo de paz traçados em Annapolis.
Israel espera contar com a compreensão e o apoio da comunidade internacional, sendo que a mesma também enfrenta o fenômeno do terrorismo, e avançar no interesse de todos aqueles que desejam que as forças da paz e da convivência definam a agenda da região.


TZIPI LIVNI é ministra das Relações Exteriores de Israel. Este artigo foi obtido pela Folha por intermédio do Centro de Mídia Brasil-Israel


Tradução de CLARA ALLAIN


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