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DISPUTA
Conselho diz que um terço dos vetos foi levantado
Linha dura iraniana cede pouco, e liberais prevêem boicote à eleição
DA REDAÇÃO
O Conselho de Guardiães do Irã
anunciou ontem que cerca de um
terço dos reformistas que tiveram
seu pedido de candidatura à eleição legislativa de 20 de fevereiro
negado pelo órgão poderia participar da disputa. Mas um dos líderes dos liberais disse que, ainda
assim, a eleição seria uma farsa e
previu que os políticos reformistas a boicotariam.
O Conselho de Guardiães, órgão
que zela pelo respeito da Constituição no Irã -cujos 12 membros
foram apontados pelo aiatolá Ali
Khamenei, o líder supremo do
país-, disse, em nota oficial, que
1.160 vetos foram levantados.
Mais de 3.000 pedidos de candidatura tinham sido negados. Há
80 deputados entre os reformistas
que não poderão concorrer.
"Nosso partido tornará pública
sua posição na próxima segunda-feira", afirmou Saeed Shariati, um
dos líderes do maior partido liberal do Irã, a Frente de Participação
do Irã Islâmico. "Porém o anúncio do Conselho de Guardiães nos
deixou sem opção. Teremos de
boicotar uma eleição que será
uma farsa. Como somos o maior
partido do Irã, quase todos os
nossos candidatos foram impedidos de participar da eleição."
Mais cedo, Mohammad Reza
Khatami, outro líder reformista e
irmão do presidente Mohammad
Khatami, afirmara que, se os protestos não dessem resultado, a
eleição não seria legítima.
O presidente Khatami, cujo
projeto de reformas tem sido boicotado pela linha dura, pediu calma aos reformistas. Estes têm
maioria no Parlamento atualmente, mas deverão perdê-la.
Com agências internacionais
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