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RELIGIÃO
Dinamarca é alvo de boicotes e protestos por causa de desenho publicado em jornal do país
Charge causa ira no mundo islâmico
DA REDAÇÃO
Da queima de sua bandeira
ao boicote contra suas populares marcas de manteiga e biscoito, a Dinamarca sente o impacto da revolta islâmica contra charges de um jornal local
sobre o profeta Muhammad.
Ontem, mascarados palestinos ocuparam brevemente o
escritório da União Européia
na faixa de Gaza. Muçulmanos
em Bahrein convocaram protestos. A Síria exige a punição
dos autores. Uma empresa saudita pagou milhares de dólares
por um anúncio elogiando o
boicote contra a Dinamarca.
"Se falharmos em dizer a verdade e em defender a verdade
do profeta, devemos ser enterrados ao invés de viver na superfície", dizia um anúncio patrocinado pelo Sindicato dos
Petroleiros do Kuait.
A revolta em todo o Oriente
Médio tem sido comparada ao
que ocorreu em 1989, por causa
do livro "Os Versos Satânicos",
de Salman Rushdie, sentenciado à morte pelo aiatolá iraniano Ruhollah Khomeini.
O governo dinamarquês
aconselhou os seus cidadãos a
não viajar à Arábia Saudita. Já o
jornal "Jyllands-Posten", que
publicou as charges, divulgou
nota de desculpas na qual diz:
"Os desenhos não são contra a
lei dinamarquesa, mas sem dúvida ofenderam muitos muçulmanos, motivo pelo qual nos desculpamos".
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