São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

FÚRIA ÁRABE

EUA defendem "transição" no Egito

Hillary pede eleições livres no país, governado pelo ditador e aliado Hosni Mubarak, que tenta se manter no poder

DE SÃO PAULO

No sexto dia de protestos pela queda de Hosni Mubarak, 82, o governo dos EUA, seu aliado mais importante, sinalizou maior distanciamento do ditador egípcio.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, cobrou uma "transição ordenada" rumo à democracia -sem, no entanto, pedir claramente a saída de Mubarak.
O ditador, há 30 anos no poder, surgiu cercado de militares, tentando dar demonstração de força. O sinal da TV Al Jazeera, uma das principais fontes de informação dos manifestantes, foi bloqueado. O toque de recolher foi antecipado das 16h para as 15h.
Numa clara manobra de intimidação, aviões e helicópteros militares deram rasantes sobre a multidão na praça Tahrir, centro nervoso dos protestos, no Cairo.
Mas, no chão, soldados de novo evitaram coibir os manifestantes. No mesmo local, o oposicionista Mohamed ElBaradei juntou-se à multidão. "Tenham paciência, a mudança chegará nos próximos dias", disse.
Embora o número de mortos tenha sido menor do que nos dias anteriores, o domingo, dia útil no Oriente Médio, foi de caos nas principais cidades. O comércio e os bancos ficaram fechados.
A polícia, maior responsável pela repressão, ontem era menos visível nas ruas, o que colaborou para aumento de saques e vandalismo. Em reação, grupos de pessoas formaram brigadas para proteger seu patrimônio.
No aeroporto do Cairo, centenas de estrangeiros se aglomeravam tentando deixar o Egito. Diversos países estão enviando aeronaves para resgatar seus cidadãos.


Texto Anterior: FOLHA.com
Próximo Texto: Ditador ordena voos rasantes para tentar intimidar egípcios
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.