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ÁSIA
Polícia detém 3 parentes de vítimas antes do 15º aniversário do massacre; Pequim divulga relatório positivo sobre direitos humanos
China prende familiares de mortos em Tiananmen
DA REDAÇÃO
Ao menos três familiares de
pessoas mortas durante os protestos pró-democracia realizados
na praça Tiananmen (Pequim),
em 1989, foram presas no domingo, pois o governo chinês tenta
evitar a ocorrência de protestos
para marcar o 15º aniversário do
massacre, segundo disseram parentes dos detidos ao diário "The
New York Times" anteontem.
Forças de segurança chinesas levaram três mulheres de suas casas
no último domingo. Segundo familiares das três, elas não entraram em contato com ninguém
desde então. De acordo com o jornal "South China Morning Post",
de Hong Kong, duas das presas
perderam filhos em Tiananmen, e
a outra detida é viúva de um jornalista morto pela polícia.
O "Times" disse que uma das
detidas é Ding Zilin, 67, líder de
um grupo militante chamado
Mães de Tiananmen.
As prisões ocorreram logo depois de um reputado cirurgião
chinês, Jiang Yanyong -membro do Partido Comunista há décadas-, ter enviado uma carta
aos principais líderes políticos
chineses para pedir uma reavaliação do massacre de Tiananmen,
que deixou centenas de mortos e
de feridos em 4 de junho de 89.
A versão oficial diz que as manifestações na praça Tiananmen
constituíram uma rebelião contra
o governo e que o Exército tomou
medidas apropriadas para contê-las. Estudantes protagonizaram
os protestos pró-democracia.
Relatório oficial
O governo chinês expressou ontem contentamento com as conclusões de um relatório oficial sobre a situação dos direitos humanos no país, dizendo que 2003 foi
um ano positivo no que concerne
ao respeito aos direitos humanos.
Isso apesar das acusações de arbitrariedade policial, de repressão
a militantes tibetanos, de perseguição religiosa, de tortura cometida por forças de segurança e de
atentados à liberdade de expressão que pesam sobre o país. Autoridades chinesas reconheceram,
no entanto, que o país ainda deve
"melhorar" nessa área.
No início deste mês, durante a
sessão anual do Congresso Nacional do Povo, os deputados chineses decidiram colocar na Constituição do país o respeito aos direitos humanos.
Com agências internacionais e o "New
York Times"
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