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IRAQUE OCUPADO
Secretário pede ajuda
Rumsfeld agora diz que causa é internacional
DA REDAÇÃO
O secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, disse que,
para os EUA terem sucesso no
Iraque e na guerra ao terrorismo,
Washington deve persuadir outros países a entrar na luta.
"Essa causa é internacional",
disse Rumsfeld, um dos principais defensores da decisão unilateral dos EUA de invadir o Iraque
no ano passado, em discurso durante a formatura de cadetes da
tradicional academia militar de
West Point, no sábado.
"O sucesso [na guerra ao terror]
depende de convencermos amigos e aliados, de quem somos tão
interdependentes, a não serem
aterrorizados por ameaças ou isolados pelo medo", disse ele.
Rumsfeld adotou um tom bem
mais brando do que o presidente
George W. Bush ao falar há dois
anos em West Point. "Devemos
levar a batalha ao inimigo", disse
Bush em 2002, após os EUA terem
derrubado o Taleban no Afeganistão e antes da invasão do Iraque, num discurso que delineou a
teoria de ataques preventivos
adotada por seu governo.
Desde então, com o colapso da
segurança no Iraque do pós-guerra, Bush enfrenta ceticismo e condenação da comunidade internacional por ter agido de forma unilateral. Agora, tenta aprovar uma
resolução na ONU para dar um
caráter mais internacional à ocupação. Mas países contrários à
guerra, como Rússia, França e
Alemanha, pedem mais autonomia ao governo iraquiano que deve assumir em 30 de junho.
Enquanto isso, a violência segue
no Iraque. Uma emboscada contra um comboio de estrangeiros
em Bagdá deixou ao menos dois
mortos e possivelmente resultou
no seqüestro de outros, segundo
relatos conflitantes do local.
Combates pesados ocorreram
nas cidades xiitas de Najaf e Kufa,
onde os EUA haviam anunciado
na semana passada um acordo
com o clérigo xiita radical Moqtada al Sadr, que comanda uma rebelião. Ao menos dois soldados
americanos ficaram feridos nos
choques em Najaf.
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