DA REUTERS

As audiências preliminares do primeiro julgamento de suspeitos de terrorismo detidos em Guantánamo (Cuba) vão começar em 23 de agosto, anunciou ontem o governo americano.
Além disso, a Marinha americana ordenou a abertura de ""tribunais de revisão de situação" dos detidos na base americana, que darão aos cerca de 600 presos de Guantánamo a chance de contestar sua situação. Eles estão presos sob acusação de serem ""combatentes inimigos" -status inexistente no direito internacional.
A decisão da Marinha segue uma determinação da Suprema Corte americana.
A maioria dos detentos foi capturada durante a Guerra do Afeganistão (2001) e está em Guantánamo há mais de dois anos sem acesso a advogado.
Os presos que serão julgados são o australiano David Hicks e três supostos integrantes da Al Qaeda do Iêmen e do Sudão. As audiências vão ocorrer numa sala dentro de Guantánamo.
Em relação à revisão dos casos dos demais detentos, um representante de Guantánamo envolvidos nos tribunais disse que os militares acreditam que esses comitês de revisão vão satisfazer à decisão da Suprema Corte.
Mas grupos de defesa dos direitos humanos e advogados que representaram prisioneiros diante da Suprema Corte questionam a imparcialidade das audiências, já que a decisão será deixada a cargo dos militares, e os prisioneiros não terão acesso a uma representação legal nem a documentos sigilosos.


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