DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK

"Ele é a maior celebridade do mundo. Mas estará preparado para comandar?", pergunta a campanha do republicano John McCain em novo anúncio de TV, que tem como alvo Barack Obama, seu concorrente democrata na disputa pela Casa Branca.
O vídeo mostra Obama aclamado por 200 mil pessoas em discurso em Berlim, na semana passada, e imagens de duas celebridades tidas como "vazias": a cantora Britney Spears e a socialite Paris Hilton, famosas pelas confusões em que se metem.
O anúncio continua: "Com os preços da gasolina subindo, Barack Obama diz "não" à exploração de petróleo em alto-mar e diz que vai aumentar impostos em energia elétrica. Impostos maiores, mais óleo estrangeiro -esse é o verdadeiro Obama."
A estratégia é dizer que os holofotes em Obama mascaram sua falta de conteúdo. Apesar de o primeiro ser menos popular, os dois estão tecnicamente empatados em boa parte das pesquisas de intenção de voto.
Recentemente, um anúncio do republicano disse que a mídia estava "apaixonada" pelo rival. A campanha também tenta tornar negativo o saldo da viagem do democrata ao exterior e dizer que Obama é elitista, distante do cidadão comum americano.
"Atrair grandes multidões de fãs com retórica vazia não prepara uma pessoa para comandar um país", disse Rick Davis, chefe da campanha de McCain. Em evento pela manhã, Obama havia acusado o rival de tentar assustar os eleitores. Satirizando a oposição, o democrata disse:
"Ele não é patriota o suficiente. Ele tem um nome engraçado [Barack Hussein Obama]. Ele não se parece com todos os presidentes nas notas de dólares".
A campanha de Obama tenta aparar arestas em sua imagem. A central sindical AFL-CIO, que o apóia, enviou folhetos a associados para "corrigir" boatos, como o de que seria muçulmano.


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