São Paulo, sábado, 31 de julho de 2010

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DIREITOS HUMANOS

ONG divulga recado de iraniana condenada à morte por adultério

DE SÃO PAULO - Sakineh Ashtiani, que foi condenada à morte por apedrejamento no Irã por crime de adultério, enviou um recado de agradecimento pela campanha mundial organizada em prol da sua libertação.
O texto foi lido ontem a jornalistas, em Londres, por integrantes das ONGs que lançaram um abaixo-assinado on-line em prol da iraniana que já soma 141 mil assinaturas -a maioria não tem validade, mas há também celebridades como o ex-presidente FHC.
Segundo a ativista iraniana Mina Ahadi, que mora no exílio na Alemanha, o recado foi ditado por Sakineh, por telefone, da prisão de Tabriz, onde cumpre pena desde 2006 por envolvimento no assassinato do marido. Ela já recebeu 99 chibatadas por manter "relacionamento ilícito" com outro homem, mas, depois, foi condenada à morte por adultério.
"Estou agora quieta e triste porque uma parte do meu coração está congelada. Muitas noites, antes de dormir, penso: "como é possível que alguém esteja preparado para atirar pedras em mim, mirar em meu rosto e mãos?'", diz Sakineh, na sua mensagem.
Também ontem, as ONGs lançaram um pedido pelo fim do acosso ao advogado Mohammed Mostafaei, defensor de Sakineh, que vive no Irã.
Na semana passada, ele foi interrogado e teve a prisão decretada no mesmo dia em que sua mulher e cunhado foram presos. O advogado permanece foragido desde então.


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