especial para a Folha

Corretoras e instituições que operam no mercado financeiro, tanto nacional quanto internacional, treinam seus analistas para que não sejam levados a decisões precipitadas provocadas pelo estresse. Porém, não têm tratamento especializado antiestresse.
O tratamento do estresse pelas instituições do mercado se dá mais pelo atendimento externo, coberto por planos de saúde. As bolsas de valores no Brasil têm ambulatórios médicos que devem ser capacitados para atender até ataques cardíacos.
Nos EUA, as bolsas têm um serviço de "aconselhamento" para os profissionais que identificam problemas psicológicos.
Inclui-se, aí, o excesso de álcool e o de drogas, normalmente relacionados à "necessidade de relaxar", afirma o psiquiatra Antônio Amedeo Mendes, que já cuidou de crises de estresse de profissionais do setor financeiro dos EUA.
"O estressado pode cometer atitudes extremas, mas normalmente o faz contra si próprio, não contra aqueles a que ele acusa inconscientemente de ser responsáveis por seus problemas", completa.
"O tratamento vai mais pela capacidade de cada um de resistir às tensões", afirma a psicoterapeuta Mariella Gianotti. Para ela, qualquer profissão competitiva pode levar ao acúmulo de tensão.
"A angústia, a ansiedade, o desconforto e a insônia são os sintomas principais que caracterizam os que sofrem de estresse."
(RODRIGO UCHÔA)


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