São Paulo, quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

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Atentado a bomba fere governador de Província iraquiana

Ataque contra chefe do governo de Anbar mata 23; em outra explosão, seis morrem na Província de Diyala

DA REDAÇÃO

Dois atentados a bomba -um deles uma tentativa de assassinato contra um governador- deixou ontem ao menos 23 mortos e dezenas de feridos em Anbar, Província ao norte da capital do Iraque, Bagdá.
No primeiro, um veículo explodiu em um posto de controle perto do gabinete do governador Qassim Mohammed.
"Um segundo homem, com um cinto carregado de explosivos e uniforme militar, tentou passar pela multidão e foi parado por seguranças do governador", disse o policial Imad al Fahdawi. Ele então detonou os explosivos a poucos metros de onde estava Mohammed, que ficou ferido e foi levado a um hospital de Bagdá por militares dos EUA. Porém, seu estado de saúde não foi divulgado.
Segundo a polícia, outras 57 pessoas ficaram feridas.
Um porta-voz do governo, Mohammed Fathi, disse que o objetivo dos extremistas é impedir a reconstrução da região, que ocorre desde que a segurança em Anbar melhorou.
A Província foi base de apoio para militantes ligados à Al Qaeda até que muitos insurgentes decidiram juntar forças com o governo iraquiano e tropas dos EUA. O governador é a mais importante autoridade a sofrer um ataque desde então.
Enquanto a violência no Iraque diminuiu consideravelmente nos últimos anos, o retorno da insurgência a Anbar, a maior Província iraquiana e de maioria sunita, pode representar um risco para a estabilidade do país, que se prepara para as eleições legislativas de março.

Feriado xiita
Em Khalis, na Província de Diyala, seis pessoas morreram em outro ataque a bomba, desta vez contra peregrinos que comemoravam o Ashura -principal evento do calendário xiita, que relembra a morte do imã Hossein, neto do profeta Maomé. Outras 24 pessoas ficaram feridas.
Durante o governo do sunita Saddam Hussein (1979-2003), o feriado não podia ser comemorado. Agora, os xiitas podem fazê-lo publicamente, mas frequentemente são atacados por insurgentes sunitas.


Com agências internacionais


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