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Antecipação de recursos requer plano

Adiantamentos devem ser dosados durante o ano para impedir rombo

DE SÃO PAULO

Criar planilha para organizar os recebíveis antecipados foi a estratégia encontrada pelo presidente da BMA Ambiental, Reuter de Souza, 45, para não contabilizar "verba fantasma" no caixa.

Durante dois anos, a empresa de engenharia ambiental acumulou capital de giro com adiantamento do pagamento de produtos vendidos -espécie de crédito concedido pela companhia parceira, a Vale. Com isso, pôde adquirir frota de caminhões à vista, entre outras conquistas.

A atenção redobrada aos recebíveis deve-se à falsa ilusão de dinheiro no caixa proporcionada pelo crédito, diz.

"Se vendemos todas as notas [antecipamos todos os recebíveis], não temos o que receber depois", analisa Souza, que afirma ter tomado mais cuidado com a receita depois de problemas com agiotas.

Analisar quanto custará o aporte -em descontos pelo adiantamento ou em juros cobrados pelo crédito-e planejar a aplicação dos recursos, como faz Souza, são requisitos básicos para o sucesso do negócio, segundo Renato Hirata, coordenador do curso de pós-graduação em negociação da HSM Educação.

"Sobra dinheiro no mercado, e os bancos estão ávidos por conceder crédito. Cabe ao pequeno empresário aproveitar essa tendência."

CÁLCULOS

Registrar as operações feitas e planejar os gastos com tributação, exemplifica, "são os primeiros e principais deveres do empresário".

Uma recomendação contra "rombo orçamentário" é distribuir a venda de recebíveis e as parcelas do pagamento do financiamento durante o ano, indica Mauro Johashi, sócio-diretor da consultoria BDO RCS. "Vender todas as notas em um ou dois meses pode impactar o caixa se não houver fundo de reserva."

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