Complexidade de área orienta escolha

As ferramentas e os cursos podem ser gratuitos, mas nem sempre se encaixam na demanda das empresas. O que ajuda a determinar o peso que terão são o tamanho e a complexidade do negócio.

Por não serem pagos, são menos personalizados. Cabe ao empresário mapear a necessidade de aprendizado ou de utilização de funções que não estão disponíveis gratuitamente no programa.

"É preciso ler o contrato com atenção, principalmente em relação ao tempo de gratuidade e aos custos futuros com 'upgrades' e processo de exportação de dados para softwares como Excel", orienta Alessandro Basile, sócio-diretor da AGMKT Estratégia Empresarial.

Com todos os dados na balança, será possível determinar a hora de migrar da solução gratuita para a paga.

A decisão da sócia da empresa de marketing digital Point of View Ana Maria Mendes, 38, pendeu a favor das ferramentas sem custo.

"Softwares gratuitos agilizam o dia a dia", afirma ela, que diz usar agenda e programas de compartilhamento de documentos do Google (docs.google.com). Segundo Mendes, os recursos possibilitam dispensar reuniões.

O diretor da K&G Sistemas Ênio Klein, 55, também considera as ferramentas gratuitas importantes. "O negócio tem prosperado, em parte, em função disso -estamos há dez anos no mercado", diz.

Em poucas áreas, no entanto, ele prefere terceirizar e pagar pelos serviços, como os de gestão contábil e fiscal. "Comecei com a versão padrão e hoje utilizo a paga, pois precisava de recursos."

OUTRO IDIOMA

As opções não se limitam às ofertas nacionais. No exterior, cursos gratuitos também se proliferam.

"Há milhares de horas de conhecimento em vídeo e áudio-aulas disponíveis para pessoas com conta gratuita no iTunes (www.apple.com/br/itunes/features/#itunesu)", exemplifica Paulo Ancona Lopez, diretor da consultoria Vecchi & Ancona.