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Crescimento de franquias exige cuidado na escolha

Previsão é de abertura de cerca de 9.000 pontos de venda neste ano no país

Gabriel Lordello/Folhapress
Adriano Agostini com material do IWL
Adriano Agostini com material do IWL

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

O país deve receber cerca de 9.000 unidades de franquia neste ano, que se somarão às 90 mil existentes, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Apesar de o índice de sobrevivência desses negócios ser de 98,5%, o modelo reserva armadilhas -como qualquer outro. Mas diversos empreendedores só se dão conta disso ao serem abandonados por franqueadores.

Adriano Agostini, 38, diz ter sido deixado de lado logo após adquirir franquia do IWL (Instituto Wanderley Luxemburgo, de educação esportiva), em Vitória, em 2008.

A marca vendeu material com o mesmo conteúdo para uma rede de ensino -que abriu escola a menos de um quilômetro da unidade de Agostini. Por contrato, a franqueadora garantia que não haveria concorrência da marca em raio de 50 quilômetros.

Em 2009, o instituto fechou, pouco depois de Agostini ter desistido do negócio. "Os administradores não estavam preparados."

Na Justiça, ele pede R$ 470 mil de indenização. Após uma vitória, o caso voltou à primeira instância por ter sido julgado à revelia (o IWL não se defendeu).

"É tática para adiar a decisão", diz Maurício Costa, advogado de Agostini. Representantes do IWL não responderam às ligações da Folha.

Processos como o de Agostini levam anos. Vicente Estevanato, 57, ex-franqueado da lanchonete Arby's, ainda trava batalha judicial. A rede abriu em 1991 e fechou em 1999, por ter padrões rígidos de qualidade e pouca rentabilidade. Guilherme Ferreira, diretor do grupo Bahema, antigo franqueador, diz sentir "certa responsabilidade". Mas afirma: "[Estevanato] fez a avaliação quando entrou".

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