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Gestão é área abandonada em empresa

Foco em atividade-fim faz marketing e finanças ficarem em segundo plano

DE SÃO PAULO

O grande desafio de quem está na indústria criativa é focar a gestão do negócio. Muitos empresários deixam de impor metas, planejar, identificar público-alvo e fazer plano de negócios, segundo Erick Krulikowski, diretor da consultoria Setor I, especializada em gestão cultural.

"O maior objetivo [desses empreendedores] é conseguir desenvolver a atividade que lhes dá prazer", considera.

O início da história da companhia de teatro Numseikitem comprova a teoria.

A trupe uniu-se quando os quatro integrantes estavam na faculdade, há cinco anos, conta Murilo Cesca, 26.

Sobrava vontade de progredir, mas faltava visão prática, explica ele. Eles só obtinham receita com cachês.

Hoje, concorrem a prêmios e editais -a principal forma de faturamento do grupo.

Consolidar uma empresa da indústria criativa é mais difícil do que ter uma boa ideia, afirma o professor Isaías Custódio, da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo).

É ele que auxilia a orquestra da universidade a comercializar e divulgar apresentações e fazer o orçamento.

NA CONTRAMÃO

Exceção à falta de interesse em gerenciar é a estilista Fernanda Yamamoto, 33, dona de uma marca de roupas que leva o seu nome.

Formada em administração na Fundação Getulio Vargas e com um curso de moda em Nova York, ela diz passar mais tempo gerindo a empresa do que criando as peças.

A empresa começou há três anos, com três funcionários, e hoje tem 11.

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