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Quando ser mãe vira um bom negócio

Transformar a maternidade em empreendedorismo é tendência

Alessandro Shinoda/Folhapress
Roberta Martinho, com sua filha Pietra, criou um serviço noturno de babá
Roberta Martinho, com sua filha Pietra, criou um serviço noturno de babá

LEONARDO CALVANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O equilíbrio entre a vida profissional e o papel de mãe ainda é uma busca incessante para a maioria das mulheres que decide ter filhos. Mas há quem encontre na maternidade a chave para unir as duas coisas.

Elas são as "mompreneurs", corruptela de "mom" (mãe) e "entrepreneur" (empresário). O termo é utilizado nos países de língua inglesa para definir o empreendedorismo feminino, que, seja por necessidade ou por oportunidade, é um fenômeno crescente em todo o mundo.

No Brasil, a maior parte dos empreendedores ainda é de homens, mas a tendência é de crescimento entre as mulheres. Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2009, 26,3% dos empregadores no país são mulheres.

Entre os novos negócios, no entanto, a porcentagem de mulheres é quase igual à de homens. Das empresas abertas em 2011, 48,62% têm mulheres à frente, aponta uma pesquisa feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas) em conjunto com o IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade) para a organização internacional GEM (Global Entrepreneurship Monitor).

Não existem estudos que apontem quantas dessas mulheres são mães. Mas esse número deve ser significativo, afirma Tales Andreassi, coordenador do FGVcenn (Centro de Novos Negócios da FGV), uma vez que "o empreendedorismo permite à mulher conciliar a carreira com os cuidados com os filhos".

"A carreira não foi preterida, apenas ganhou uma nova forma. Trabalhando em casa ou em escritórios adaptados para receber os filhos, elas simplesmente romperam com os trabalhos-padrão para desempenhar a função de mãe", diz a consultora Michelle Prazeres, 33, do blog Empreendedorismo Materno (www.emprendedorismomaterno.blogspot.com.br).

"Trabalhar em casa para economizar tempo de deslocamento e ter flexibilidade de horário passou a ser uma condição básica pra mim", diz a jornalista e consultora Daniela Buono, 38, uma das sócia-fundadoras do site Cia das Mães. "Esse é um movimento cada vez mais forte e um sinal do surgimento de um novo perfil de mãe", acredita Buono, que se inspirou nas filhas Clara, 7, e Bebel, 4, para criar sua empresa.

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