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É preciso criar um estilo 'brazuca', sugere especialista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para o coordenador do laboratório de gestão em design da PUC-RJ, Cláudio Magalhães, o Brasil ainda tem uma atitude conservadora e divergente em relação ao design. Na região Sul, designers estão próximos aos polos industriais, chamados de Arranjos Produtivos Locais. No Rio, as indústrias estão distantes do centro e são pouco acessíveis. "Os impostos e as taxas para manter um trabalhador especializado no Rio são bem mais altos do que no Sul", afirma.

Magalhães faz parte da equipe que organiza as ações da Rio+Design, iniciativa do governo estadual que promove mostras e leva designers brasileiros para o Salão Internacional de Milão, na Itália. Para ele, os novos designers do país devem participar desses encontros para "se internacionalizar". "Neste ano, quando voltei à Milão, vi produtos no mercado que eram apenas projetos do ano anterior", conta.

Segundo Magalhães, as riquezas naturais do país não são aproveitadas no design. "Ainda somos conservadores na hora de inovar", afirma. Ele lembra que o Brasil saiu há pouco tempo de uma ditadura militar que impossibilitava a indústria criativa de se expressar. "Está na hora da indústria e da cultura fazerem as pazes e perceberem que não há divisão", diz.

Em países como França e Japão, diz, a cultura do empresariado é diferente. Lá se percebe uma série de referências culturais que vem da indústria. "Seja ela cinematográfica, de carros, de moda, de vinhos, de perfume. E a nossa indústria ainda não percebeu isso", afirma.

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