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Como usar o celular para atrair clientes

Para alavancar vendas, comércio aposta no uso dos smartphones

DE SÃO PAULO

O número de usuários de internet 3G no Brasil chegou a 56,3 milhões em maio, segundo o Ministério das Comunicações. Mais de 14% dos brasileiros -o equivale a cerca de 2,7 milhões de pessoas- têm smartphones, segundo pesquisa do instituto Ipsos.

Usar esses aparelhos para aumentar as vendas é um dos desafios do setor varejista. Grandes e pequenas empresas planejam estratégias para integrar transações físicas e virtuais pelos smartphones.

A ideia tem nome: venda por multicanal. Significa que na loja o cliente pode perguntar algo ao vendedor, acessar a web pelo telefone, ler críticas dos produtos e saber se o preço é justo, diz Pedro Guasti, diretor da e-bit, consultoria especializada em comércio eletrônico.

A Happyshop, "start-up" chilena que começou a atuar recentemente no Brasil, quer aproveitar as possibilidades comerciais dos smartphones.

A empresa, que já tem 16 mil usuários, desenvolveu um aplicativo que lê QR Codes -espécie de código de barras que, lido pela câmera do celular, direciona o usuário para o conteúdo desejado.

A ideia é que, ao entrar na loja, o cliente (que já está cadastrado porque baixou o aplicativo) faça uma leitura do código, que poderá estar ao lado dos produtos, e receba ofertas no celular.

O diretor da operação no Brasil, Jonas Ferreira, 43, diz que a vantagem para o varejista é a possibilidade de aumentar a proporção de compradores entre as pessoas que passam pela loja. "Hoje, quem vai a um estabelecimento (e está cadastrado) é identificado apenas quando sai e efetua o pagamento. Com nossa solução, ele é reconhecido no momento em que entra", diz Ferreira.

A "start-up" Collact, do empreendedor Bernardo Brugnara, 24, desenvolve algo parecido. O foco são os pequenos comerciantes.

Um restaurante, por exemplo, pode fazer uma promoção do tipo "coma dez pratos e ganhe um" usando o aplicativo. "O QR Code vira o carimbo e, o celular, o cartão", simplifica Brugnara. Com o aplicativo, o cliente passa o celular pelo QR Code e computa cada refeição paga.

Augusto César de Camargo, 40, cofundador da empresa aaTag, não acredita em QR Code. Ele desenvolve um sistema de integração de vendas com uma tecnologia diferente: um cartão NFC (sigla em inglês para "Near Field Communication", ou comunicação entre dois dispositivos próximos; é a mesma do Bilhete Único do transporte público de São Paulo).

"Uma interação via QR Code demora dez segundos. Com o NFC, leva-se dois. Hoje, dez segundos representam muito", afirma Camargo. A ideia, diz ele, é que a tecnologia esteja mais presente na relação com o cliente.

O modelo da aaTag é como o dos outros: o cliente encosta o cartão no leitor e recebe, no celular, informações sobre produtos e ofertas.

(FG)

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