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Cada etapa pede um investidor

Estágio de desenvolvimento do negócio define sócio adequado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mais do que boas ideias, os investidores estão em busca de pessoas dispostas a empreender.

"Muitos jovens não sabem como executar e transformar a sua ideia em algo rentável e é por isso que os investidores valorizam o espírito empreendedor", afirma Adalberto Brandão, fundador do Desafio Brasil, um dos principais concursos de start-ups do país.

Há diferentes organizações e fundos que investem em empresas iniciantes -o sócio ideal será determinado pelo estágio de desenvolvimento do projeto.

As aceleradoras, por exemplo, costumam apoiar start-ups em estágio embrionário, quando há apenas uma boa ideia ou testes do produto.

Quando o negócio já está dando os primeiros passos, é hora de buscar os investidores-anjos. Essa categoria de investidor é conhecida por aplicar recursos próprios e dedicar tempo e experiência para que as empresas escolhidas decolem.

Cassio Spina, fundador da associação Anjos do Brasil, calcula que cerca de 5.000 pessoas físicas investem um total de R$ 450 milhões em capital anjo no país. Ele diz que que esse volume será multiplicado por dez nos próximos anos.

"Com a queda nas taxas de juros, quem tem capital buscará investimentos com maior risco e melhor retorno. As start-ups terão acesso a esses recursos, mas precisam entender que os anjos não buscam apenas boas ideias. Eles procuram empreendedores capacitados", diz Spina.

Depois dos anjos, o empreendedor que quiser se estabelecer no mercado pode buscar investimentos de um fundo de capital semente.

BÊNÇÃO

Karen Sanchez, 28, foi uma das que conquistaram um anjo em sua vida. Ela sempre quis unir duas de suas especialidades: comércio on-line e moda. Foi assim que nasceu o Lets, site especializado em vender roupas e oferecer consultoria de moda.

Para abrir a empresa, criada em conjunto com Paola Haidar, 37, ela contou com a ajuda do investidor-anjo Paulo Humberg, que comanda o A5 Internet Investments, fundo especializado em comprar fatias de empresas de internet e comércio eletrônico.

"Conheci o Paulo no e-commerce e ele chegou a me convidar para trabalharmos juntos. Por ter conhecimento do setor e de suas boas perspectivas, ele comprou a ideia na hora", diz. Lançado há duas semanas, o Lets receberá investimentos de US$ 15 milhões (R$ 30 milhões) até o fim do ano -parte dos recursos virão do anjo.

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