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Quem investe vai querer palpitar

Muitos investidores fazem questão de interferir na gestão da empresa, o que pode gerar conflitos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Embora o momento seja favorável para start-ups que queiram captar recursos no mercado, é preciso tomar alguns cuidados para evitar que o sonho do investimento não se torne uma desagradável realidade.

A principal dica é entender que conseguir dinheiro com fundos é diferente de contrair um empréstimo bancário. Ao adquirir uma fatia de um negócio iniciante, sem a certeza de que ele dará certo, fundos e outros investidores querem não apenas retorno financeiro. Muitos exigem liberdade para interferir na gestão da start-up, o que pode gerar conflitos com o criador da ideia.

"O investidor tende a ser mais realista do que o empreendedor, que costuma ser otimista em excesso com o negócio que criou", afirma Carlos Kokron, diretor-executivo da Qualcomm Ventures, fundo de capital de risco.

Uma das maneiras de minimizar as chances de ter problemas com o novo parceiro é buscar fundos que tenham afinidade com o ramo de atuação da empresa.

"É fundamental ouvir diversas ofertas, principalmente de investidores especializados e que já tiveram sucesso atuando no segmento", sugere José Paulo Rocha, sócio da área de finanças corporativas da Deloitte.

Outra dica é manter a sua empresa organizada financeiramente. Negócios podem deixar de ser concretizados devido a problemas contábeis. "Isso pode gerar uma crise de confiança entre investidores e o empreendedor", afirma Claudio Furtado, diretor do GVcepe da FGV.

Ter balanços financeiros de qualidade também deve ser uma preocupação do empreendedor. "O ideal é que toda empresa esteja pronta para receber investimentos assim que eles surgirem, o que pode acontecer amanhã", diz o especialista em fusões Roberto Ferrari.

SALTO

Nem sempre empreendedores precisam passar por aceleradoras para conquistar investidores. Foi o que aconteceu com a Akatus, operadora de meios de pagamento criada por Marcos Bueno, 41. O ex-executivo de empresas como DinheiroMail e MercadoLivre viu sua ideia ser comprada por Carlos Wizard Martins e Charles Martins, sócios da escola de inglês Wizard, que desembolsaram R$ 5 milhões para ficar com 95% do negócio.

Os investidores querem que a Akatus desenvolva ferramentas para que os alunos da Wisard comprem material didático e se matriculem pela internet com mais rapidez e segurança.

A experiência de Bueno, que passou 12 anos à frente de empresas pontocom, foi decisiva para que os sócios o escolhessem para ser o CEO da nova companhia.

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