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Grande evento, pequenos negócios

Nos Jogos de Londres, autoridades esportivas incentivam pequenos e médios empresários

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Até o dia 12 de agosto, atletas de 204 países vão lutar por medalhas em 26 esportes diferentes na Olimpíada de Londres. Eles não são os únicos que vão competir. Empresas também travam suas disputas -no caso delas, por mercado.

Nessa "olimpíada empresarial", para que micro, pequenas e médias companhias não fiquem em desvantagem, o Olympic Delivery Authority, órgão responsável pelos Jogos de Londres, criou incentivos e medidas de apoio.

Uma delas foi o CompeteFor, plataforma virtual desenvolvida em 2008 para facilitar a participação de pequenas companhias nas licitações públicas relacionadas ao evento.

Por meio do site, foram contratadas empresas para a construção do Estádio Olímpico, por exemplo, e para a revitalização de uma área na região leste de Londres.

A plataforma não é exclusiva para as pequenas companhias, mas "cerca de 70% dos contratos do site beneficiaram micro e pequenas empresas -não são elas que construíram o estádio ou os parques, mas prestaram serviços para as construturas", diz Renata La Rovere, professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Além de entrar na cadeia produtiva de grandes contratos, pequenos empresários também venderam uniformes e forneceram alimentos, afirma o presidente do Conselho da Pequena Empresa da Fecomercio (Federação do Comércio), Paulo Feldmann.

TREINAMENTO

Não foi só na preparação dos Jogos e na construção de infraestrutura que pequenos empresários puderam tirar proveito do evento, diz o cônsul-geral britânico em São Paulo, John Doddrell.

Ele conta que vendedores de comida de rua atuam hoje nos estacionamentos da arena olímpica, por exemplo.

A GLL, empresa de médio porte que gerencia centros esportivos, foi uma das beneficiadas com a Olimpíada: um complexo que eles administram, o Crystal Palace, foi escolhido para hospedar a delegação brasileira.

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) vai revelar o montante pago à GLL depois do fim dos Jogos. A empresa teve de fazer reformas para atender a algumas exigências da delegação brasileira, como ter espaço para treinamento de vôlei de praia.

Peter Bundey, diretor da GLL, explicou que a organização não tem fins lucrativos -há sócios, mas o lucro é reinvestido em centros de treinamento. O Crystal Palace foi cedido pela prefeitura, mas Bundey não especificou por quanto tempo. Os contratos costumam garantir o uso por períodos entre 10 e 25 anos.

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