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Proteção de marca atrapalha pequenas lojas

DE SÃO PAULO

Nem todos os empresários de pequeno porte estão satisfeitos com as políticas dos organizadores dos Jogos de Londres.

Comerciantes consideram muito rígidas as regras relativas à proteção de logomarcas destinadas a garantir exclusividade aos patrocinadores do evento.

Os vendedores e comerciantes não podem, por exemplo, usar palavras como "ouro", "prata", "bronze", "verão", "Londres" e "2012" em suas placas, lojas e promoções.

"Levamos a proteção à propriedade intelectual muito a sério", diz o cônsul--geral britânico em São Paulo, John Doddrell. Ele argumenta que os patrocinadores oficiais investiram muito dinheiro nos Jogos e que, por isso, não seria justo que outros ficassem com uma parcela do mercado de merchandising da Olimpíada.

Stephen Holt, 59, dono de uma loja de roupas em Londres, ficou frustrado com as restrições. Ele queria fazer uma vitrine comemorativa.

"Não posso usar 'olímpico', 'Londres 2012' ou os símbolos dos Jogos", diz.

Mas Holt teve uma ideia para driblar as proibições. "Se uma palavra é escrita com a primeira e a última letras nas posições corretas, mas com os caracteres intermediários misturados, as pessoas conseguem ler do mesmo jeito". Ele mandou fazer uma vitrine onde se lê: "Lodnon 2102 Oimplycs". O símbolo dos círculos entrelaçados ganhou uma versão quadrada.

Holt considera que a proteção à marca é severa demais. "Nós, pequenos vendedores, animamos a rua e aumentamos o entusiasmo em relação aos Jogos."

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