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Modelos de incentivo se completam

Empresa de SP usa aceleradora e incubadora para se desenvolver

DE SÃO PAULO

O crescimento das aceleradoras de negócio não significa que elas vão substituir as incubadoras. Esses modelos de apoio ao empreendedor podem ser complementares.

O Ningo, uma plataforma on-line que permite comparar preços de produtos de diferentes lojas virtuais e comprá-los diretamente, passou pelos dois processos nos últimos dois anos.

Empreendedor de primeira viagem, Paulo Rogerio Vieira, 40, criador da ferramenta, diz que a incubadora foi essencial para transformar o que era apenas um projeto em um negócio viável. "O papel da incubadora é orientar o empreendedor quando ele ainda está pensando em seu modelo de negócio", diz.

Em 2011, a empresa passou pela tutela de mentores na Aceleradora, uma das primeiras entidades desse gênero que surgiram no país. Ali, foi ajustada para a chegada de investidores, o que aconteceu no começo deste ano. "Eles nos prepararam para essa negociação, algo que não é o forte da incubadora."

CAMINHO DAS PEDRAS

Para participar do programa de incubadoras, é preciso se candidatar a seleções públicas, feitas por meio de editais. Já nas aceleradoras o caminho é se inscrever em competições de start-ups, como o Desafio Brasil, que oferecem vagas nessas instituições. É possível se candidatar fora das competições.

No caso da Academia Wayra, aceleradora criada pela Telefônica, a escolha é feita por meio da Wayra Week, em que 30 empresas selecionadas apresentam produtos e concorrem a dez vagas.

Quem quer ter a empresa "acelerada" deve ter uma versão teste funcionando.

"Se o seu produto não está desenvolvido, não tem mínima presença de mercado, a aceleradora não vai nem te receber", afirma Guilherme Ary Plonski, professor da Faculdade de Economia da USP.

Samir Iásbeck, 30, já tinha lançado o site Qranio, em que o usuário responde a perguntas e ganha prêmios, quando participou da competição da Wayra, que dá prêmio de R$ 100 mil.

"Nosso custo mensal é coberto por essa verba e pelo faturamento com a produção de games para outras empresas, uma solução para faturar no curto prazo que surgiu nas sessões de aconselhamento", diz.

(FM)

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