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Pioneiros elevaram faturamento

Primeiros microempreendedores individuais dizem que registro dá acesso a novos mercados

Lucas Lima/Folhapress
Cecilia Baruel abriu seu negócio de ração para cães pelo modelo MEI para testar se produto teria mercado
Cecilia Baruel abriu seu negócio de ração para cães pelo modelo MEI para testar se produto teria mercado

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Dos dez primeiros empresários do Estado de São Paulo que viraram empreendedores individuais, oito continuam a tocar um negócio próprio formalizado. Todos eles são pessoas jurídicas desde julho de 2009.

Segundo os pioneiros na política pública, que prevê redução da burocracia e de tributos aos que se cadastram no Ministério do Desenvolvimento, o programa fez com que eles aumentassem os lucros e conquistassem mercados antes inacessíveis.

Ao se registrarem como pessoa jurídica, os MEIs (microeempreendedores individuais) podem emitir nota fiscal e negociar melhores preços com fornecedores.

Pesquisa recente feita pelo Sebrae (Serviço Nacional de Apoio à Micro e Pequena Empresa) aponta que 56% dos MEIs acham que o melhor benefício ao obter o registro é o acesso ao mercado.

Segundo o presidente do Sebrae nacional, Luiz Barretto, pensava-se que ter acesso aos benefícios do INSS seria o principal chamariz para os empreendedores, mas na pesquisa verificou-se que a "cidadania empresarial" foi o atrativo de destaque.

PONTO DE PARTIDA

Entre os dez primeiros, nove eram empresários informais antes da entrada no programa. Atualmente, não é só esse tipo de gente que busca o registro.

Cecilia Baruel, 46, optou pelo modelo MEI para não ter de investir muito na fase inicial do negócio.

Baruel produz e vende alimentos para cães, em substituição à ração. Ela usa ingredientes como peito de frango e arroz integral e cobra até R$ 13,50 por refeição canina.

A empresa começou sua atividade em janeiro. "Foi um teste." O negócio surpreendeu e já faturou mais de R$ 60 mil ao ano, teto permitido pelo programa.

Assim que mudar de categoria e passar a funcionar como microempresa, ela irá contratar seis pessoas. Atualmente, só tem uma funcionária, que é o que a lei permite.

Outro que deve mudar o contrato social é Luiz Maia, 49, que abriu em fevereiro sua empresa de reformas e manutenção em prédios. Ele diz que vai abrir uma microempresa para ser franqueador de empreendedores individuais. "Vou vender para o Brasil inteiro."

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