São Paulo, domingo, 01 de abril de 2007


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NUM CLIQUE

Web 2.0 facilita "escritório on-line"

Conhecer carências da firma é essencial; compartilhamento requer segurança reforçada

ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Prepare-se para encaixotar as máquinas: de agora em diante, parte de seu escritório já pode funcionar on-line.
Pela internet, pequenas empresas conseguem montar "backup" virtual, compartilhar arquivos como em uma intranet e até supervisionar a temperatura do ar-condicionado.
É a web 2.0, que deu vida a sites e que dispensa o armazenamento de programas no computador. "Assim, a rede passa a ser o próprio ambiente de trabalho", explica a professora do IME (Instituto Militar de Engenharia) Ana Maria Moura.
Por meio da ferramenta, o empresário encontra opções gratuitas e com interfaces simples de usar (leia mais acima).
"Essa plataforma ajudará a pequena empresa a disponibilizar produtos em tempo real, à medida que o uso das ferramentas para a construção de aplicativos será mais fácil", diz.
Em contrapartida, soluções remotas têm provocado nas firmas uma revolução silenciosa: a necessidade de compartilhar dados entre os funcionários, exigindo delas um posicionamento mais transparente.
Essa é uma das tendências trazidas com a plataforma, segundo Franco Margonari Lazzuri, coordenador de TI do Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas).
Por exemplo, a solução Folha Expert, da ADP, promove uma descentralização das operações ligadas à folha de pagamentos e, por ser acessada via internet, tem seus arquivos guardados na prestadora do serviço.
"Antes, essas informações eram concentradas no RH. Com a solução, há uma descentralização dos processos", diz Manoel Bento, diretor comercial da ADP, que administra 400 mil funcionários no Brasil.
"Ou ela compartilha a governança e se torna menos vulnerável ou vai depender da informação que determinado funcionário detém", diz Lazzuri.
A Atrativa Games trocou, há três meses, a terceirização da folha de pagamentos de 15 funcionários pela solução na rede. "Se tivéssemos que criar um departamento para isso, gastaríamos R$ 5.000 por mês", calcula Ary Nunes Cordeiro, 33. "Não seria vantajoso", conclui.

Dúvidas
Enquanto os prós das soluções geradas na web 2.0 são logo visíveis, os contras desafiam o interesse do empresário. O que acontece se houver pane? Os dados estarão seguros?
"A grande sacada é saber de quais processos o empresário precisa na empresa", responde Lazzuri. No caso das ferramentas gratuitas, a falta de personalização é um dos "poréns".
Entre os cuidados, é preciso checar se a plataforma oferece contrato de responsabilidade -e o que ele inclui- e que estatísticas são geradas a terceiros.


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