São Paulo, domingo, 01 de maio de 2011


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Instituições investem em crédito para inovação

Linhas contemplam aporte para o desenvolvimento de produtos e serviços e de tecnologias em áreas como impacto ambiental e design

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Impulsionar a inovação tem sido uma das metas do governo federal, que já sinalizou neste ano a criação de quatro fundos setoriais com aporte total de R$ 1 bilhão.
Entre as iniciativas recentes está também a inclusão de financiamentos em inovação no cartão BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Foram incluídos como itens financiáveis serviços de pesquisa, desenvolvimento e inovação para produtos e processos, serviços técnicos especializados em eficiência energética e impacto ambiental e design.
Até fevereiro, o BNDES credenciou para o cartão 65 fornecedores de serviços tecnológicos. Outros 25 estão em processo de credenciamento na instituição.
"De 2010, início das operações, até agora, foram liberados R$ 4,6 milhões", diz Rodrigo Bacellar, chefe do departamento de operações pela internet do BNDES.
Segundo ele, a projeção até o final do ano é realizar mais 500 mil operações -de todos os tipos- por meio do cartão, 90% delas para micro e pequenas empresas.
Os micro e pequenos empresários contam ainda com alternativas como as agências de fomento. Uma das principais linhas da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), por exemplo, a Prime (Primeira Empresa Inovadora), liberou R$ 82,8 milhões em 2009 e em 2010.
O problema é que o processo é similar a uma licitação -pode demorar meses até a liberação da verba- e é preciso ficar de olho nos editais.
A NL Informática é uma das que receberam aporte da Finep, de R$ 500 mil, para investir em uma solução inovadora de rastreamento de produtos por radiofrequência.
A empresa elaborou um software que capta sinais da etiqueta e os transmite a um computador. Com isso, não é preciso passar o produto pelo leitor do caixa nem fazer contagem manual do estoque.

CONTRAPARTIDA
Para obter a verba, que não precisa ser reembolsada, Grasiela Tesser, gerente comercial e de marketing da NL, apresentou proposta e competiu com 40 empresas.
"Foi necessário buscar consultoria para elaborar o projeto e reunir documentação extensa. O processo todo levou cinco meses", diz.
Como contrapartida, a NL terá de investir a mesma quantia. A solução está em fase de implementação.
A Arcon também terá de fazer aporte -serão R$ 4 milhões para o desenvolvimento de uma tecnologia de segurança da informação.
Outros R$ 4 milhões serão garantidos pelo Programa de Subvenção Econômica e Inovação Tecnológica da Finep.
"Tivemos que fazer um projeto muito bem fundamentado, que exigiu muito estudo", conta Marcelo Barcellos, presidente da empresa. O processo, completa, demorou quase um ano.


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