São Paulo, domingo, 01 de maio de 2011


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Em alta, setor de franquia ganha linhas especiais

Risco menor de fechamento do negócio e crescimento de 20,4% do segmento leva bancos a moldar planos para a expansão das redes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A economia aquecida está levando bancos varejistas a personalizar linhas de crédito. Uma das que começam a se destacar é a destinada ao mercado de franchising.
O segmento, que viu seu faturamento crescer 20,4% entre 2009 e 2010, fechou o ano passado com R$ 76 bilhões em negócios.
"A previsão é de crescimento de 15% em 2011", diz Walter Batista, consultor financeiro da ABF (Associação Brasileira de Franchising). "É um negócio já formatado, por isso virou a bola da vez no mercado", explica.
"A empresa já tem o suporte do franqueador, e o risco é menor", completa Asclepius Ramatiz Soares, gerente-executivo de micro e pequenas empresas do Banco do Brasil.
Segundo ele, o banco está elaborando um projeto para otimizar o processo de acesso ao crédito para os interessados em franchising.
"Pela primeira vez, o banco virou um aliado [do empresário]", diz Eric Thomas, dono do restaurante Tantra, que está iniciando o processo de abertura de franquias.
Ele conta que, nas entrevistas com candidatos a franqueados, constatou que de 30% a 40% se enquadravam no perfil do negócio, mas não tinham o capital necessário.
A solução foi criar, com o Itaú-Unibanco, uma linha de crédito exclusiva para franqueados do Tantra. Segundo Thomas, a taxa de juros, de 2% ao mês, é "interessante", e a burocracia para a liberação do aporte foi reduzida.
Era tudo de que Omar Antonio Grespan, 24, precisava. Contrariando as estatísticas de Thomas, ele deu início a uma franquia do Tantra com capital próprio, há um ano. "Logo nos três primeiros meses, fiquei estrangulado por falta de capital de giro."
Grespan contratou uma linha de crédito em outro banco e saiu do sufoco. Agora pensa em financiamento para expandir o restaurante.
A Link, rede especializada em rastreamento de veículos, também recorreu a um banco para crescer. Com 53 unidades no país, pretende chegar a 300 até 2012.
Em parceria com o Banco do Nordeste, a empresa abriu lojas na região Nordeste e no norte dos Estados de Espírito Santo e Minas Gerais. "Foi um "upgrade" fantástico no negócio", diz Silvio Torres, que preside a empresa. (RGV)


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