São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009


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MENTE PARA EXPORTAÇÃO

Internacionalização é foco de empresas inovadoras

Entidades iniciam movimento para fortalecer exportações brasileiras

Karime Xavier/Folha Imagem
Geraldo José Ramos, gerente da P3D, que tem 20% da receita proveniente de exportação

RAQUEL BOCATO
ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS (SC)

A internacionalização vai ser uma das principais tônicas das empresas incubadas e graduadas nos próximos anos.
Está em construção uma agenda para internacionalizar, que inclui parceiros como o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Esse movimento foi adiantado pelo presidente da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), Guilherme Ary Plonski, durante o 19º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, na semana passada.
Três pilares sustentam essa ação de internacionalização. Um deles é fazer acordos bilaterais para a promoção de exportações entre países, com a aliança de regiões inovadoras.
Outro é o desenvolvimento de mecanismos de "soft landing", de promoção de um ambiente mais acolhedor em outro país. Incubadoras ofereceriam a empresas estrangeiras infraestrutura e melhores condições de negócios.
O terceiro é um conjunto de programas piloto em parceria com instituições como a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Um deles, voltado para firmas de biotecnologia, ganhou novos contornos na semana passada. Ele passa a ter capilaridade maior com a parceria da rede Br Biotec, de que fazem parte 28 incubadoras. Antes, a gestão estava a cargo de uma incubadora de Minas Gerais.
A primeira fase desse programa, desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil, prevê investimento de R$ 1,8 milhão até junho de 2010 e tem a missão de auxiliar 50 empresas, majoritariamente micro e pequenas, a exportar.

Parcerias locais
"Precisamos avançar mais nessa missão [de internacionalização]", destaca o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.
Para auxiliar as micro e as pequenas nessa tarefa, o Sebrae, diz ele, conduz um trabalho mais focado não só para incubadas mas também para micro e pequenas empresas.
O plano é abrir escritórios regionais para oferecer capacitação de empresas para o mercado internacional e ampliar a base de MPEs exportadoras de 13.500 para 14.850.
Para a gerente de programa do InfoDev, iniciativa do Banco Mundial para promover projetos inovadores, Valerie D'Costa, a internacionalização não deve apenas depender de projetos governamentais, mas de parcerias entre instituições. "Elas poderiam ser feitas por setores de excelência em tecnologia e desenvolvimento."
O Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas) é um exemplo. Na semana passada, fechou acordo com uma incubadora moçambicana, o que permitirá a multiplicação de informações comerciais.
A cooperação contribuirá para a internacionalização das cerca de 120 incubadas do Cietec, diz o diretor, Sérgio Rizola.


A jornalista viajou a convite da Anprotec


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