UOL


São Paulo, domingo, 02 de fevereiro de 2003


Próximo Texto | Índice

Perdas com água, luz, material de escritório e outros itens diminuem competitividade de empresas

Desperdício "rói" até 20% do lucro

RENATO ESSENFELDER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Pode até parecer mágica. Em pouco mais de um mês, suponha poder aumentar os lucros de sua empresa em cerca de 20% sem ter de fazer grandes investimentos, sem aumentar os turnos de trabalho, sem contratar mão-de-obra.
Para obter esse tipo de resultado, porém, não é preciso fazer malabarismo. Basta aprender a cortar alguns gastos supérfluos.
Exemplos há aos montes (veja quadro com sugestões de economia ao lado). A cafeteira pode ser usada só para fazer o café, e não para mantê-lo quente (tarefa de uma garrafa térmica). A água dos banheiros pode ser fruto de reciclagem -limpa, mas não potável.
As taxas bancárias podem ser renegociadas, os contratos mais antigos demandam atenção para se saber se ainda são vantajosos, as lâmpadas podem ser acionadas por sensores de presença.
Mesmo aquela folha que foi impressa de um só lado também pode ser reutilizada como rascunho antes de ser jogada fora. Jogar fora, aliás, só depois de pensar bem. Que tal reciclar e vender o papel consumido na empresa? E o alumínio, o vidro, o plástico?

Sobrevivência
Todos esses exemplos, na avaliação de consultores e empresários, podem resultar num corte de até 20% das despesas mensais.
Paulo Alvim, gerente de inovação do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), lembra que combater o desperdício em uma companhia não é só uma atitude "ecologicamente correta", mas fundamental para aumentar a competitividade das empresas. "Temos de sair do ponto de vista filosófico e ir para o prático: racionalizar gastos para sobreviver no mercado."
E as pequenas economias são possíveis em todos os setores: comércio, indústria e serviços. O período de racionamento de energia (que durou de junho de 2001 a fevereiro de 2002) trouxe a lição de que é possível consumir menos sem abrir mão da lucratividade.
"Há o tempo antes e o depois do racionamento. Hoje há uma consciência já formada sobre o combate ao desperdício", diz o diretor de marketing da Silvana Iluminação, Hamparsan Chekerdenian.



Próximo Texto: Água: Descuidos levam os ganhos pelo ralo
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.