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RESTOS DE VALOR
Empresário pode apostar em leilão
Pregões e sites especializados são outras alternativas para a compra de resíduo industrial
DA REPORTAGEM LOCAL
As bolsas de resíduos das federações não são as únicas alternativas para que os empresários comprem ou vendam
materiais de descarte. Há outras iniciativas que se propõem
a aproximar essas firmas.
O Sinquisp (Sindicato dos
Profissionais da Química do
Estado de São Paulo) mantém,
desde 2002, o Bolsa de Resíduos, site voltado para a compra e a venda de material. "A
iniciativa foi idealizada para
promover o aproveitamento de
resíduos e para gerar oportunidades de criação de novas empresas", diz o presidente do sindicato, Waldemar Avritscher.
A maioria das empresas que
oferecem produtos é do ramo
de solventes (18%), seguido pelo de plásticos (15%), metalúrgico (9%) e de óleos (8%). "Hoje, há a oferta de 239 tipos de
resíduos diferentes."
O Sistema Ciclo, uma empresa incubada no Cietec (Centro
Incubador de Empresas Tecnológicas), está nascendo de
olho nessas oportunidades. Vai
oferecer, ainda no segundo semestre deste ano, um serviço
de informações sobre reciclagem e uma área exclusiva para a
oferta e a busca de resíduos.
Com preços de materiais, localização de clientes e cálculo
de fretes, deve cobrar uma taxa
de manutenção -ainda não definida- dos associados.
"Esse é um mercado desorganizado. Há uma quantidade
enorme de produtos que é desperdiçada", diz Isac Moisés
Wajc, um dos sócios da firma.
Outra das alternativas é o leilão. Na Superbid, por exemplo,
é possível comprar itens de
grandes empresas como Santista Têxtil, Petrobras Distribuidora e Grupo Votorantim.
E, ao contrário de algumas outras iniciativas, permite adquirir desde sobras de borracha e
de metal até veículos e equipamentos de informática usados.
Risco
O empresário Rogério Tranjan arrematou dois aparelhos
de ar-condicionado da AOL,
antes de o portal deixar o país.
"Era um ótimo valor. Paguei
60% do preço de um novo", diz.
Por enquanto, Tranjan não
sabe se as máquinas vão funcionar. "A empresa está em reforma e os equipamentos ainda
não foram instalados", conta.
Esse é, segundo o empresário, um dos pontos negativos do
processo: "Não é possível saber
de antemão se as peças estão
em bom estado. Algumas vezes,
é preciso fazer reparos".
Ele diz isso com experiência.
Comprou uma impressora offset em outro leilão e, apesar de
ter pago valor abaixo do de
mercado, teve de ajustar peças.
"É um risco que o comprador
deve conhecer", opina Tranjan.
NA INTERNET -
www.bolsaderesíduos.org.br
www.superbid.com.br
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