São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011


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Mapear insumo é primeiro passo

Gestão deve incluir manutenção de equipamentos e identificação de parceiros comerciais

DE SÃO PAULO

A lenha, insumo mais utilizado na Patroni Pizza, foi trocada por briquetes de madeira (pó de serra prensado), com maior rendimento.
A escolha, avalia Rafael de Oliveira Augusto, 28, diretor de marketing, não foi aleatória. Antes, cada uma das cem unidades da rede de franquias consumia 6 toneladas de lenha por ano. Hoje, são utilizadas cerca de 3,2 toneladas de briquete.
A diferença também está no preço: 25 kg de lenha custam, em média, R$ 26; a mesma quantidade do pó de serra prensado sai por R$ 18. A ideia da Patroni é "potencializar os principais ativos da empresa pautada em projetos que minimizem os impactos social e ambiental", esclarece o executivo.
Para fazer a troca, Augusto teve de avaliar processos. "A primeira pergunta que tenho de fazer é o que impacta o negócio", orienta Ricardo Zibas, gerente sênior da área de sustentabilidade da consultoria de gestão KPMG.

EM CADEIA
Feita a análise, é hora de mapear fornecedores, recomenda Claudio Albuquerque, diretor da ImparBrasil, consultoria focada em responsabilidade socioambiental.
"O empreendedor precisa saber onde está na cadeia [de suprimentos] e de quem ele pode cobrar", indica ele.
É o que faz a Alog, de tecnologia da informação. "Como compramos muitos dispositivos eletrônicos, buscamos fornecedores 'verdes'", diz Victor Arnaud, 32, diretor de marketing e processos.
Na PuraInova, de dermocosméticos, as caixas das embalagens são compradas de uma empresa que vende matéria-prima reciclada.
Além disso, a água, principal insumo, é retirada em local onde há plantação de árvores para "compensar" o carbono emitido na extração.
"Tentamos encontrar alternativas", afirma Joel Ponte, 48, presidente da empresa.
Ter equipamentos novos e fazer manutenção constante são práticas simples, que fazem parte de uma gestão sustentável, dizem especialistas.

ESTRUTURA
Há quem vá além e invista na renovação do ambiente. Foi o que fez Raquel Cruz, 42, dona da empresa de cosméticos Feitiços Aromáticos, No ano passado, o prédio foi pintado de branco e foram instalados vidros na estrutura, permitindo economia de 40% no consumo de energia.
A troca de torneiras e caixas sanitárias por modelos econômicos reduziu em 20% o consumo de água.
Para os funcionários, a empresa reservou espaço para estacionar bicicletas.
"Hoje temos um ambiente melhor", avalia Cruz.
Pensar no espaço físico é parte do processo, avalia a arquiteta Alexandra Lichtenberg, da Planejamento Estratégico para Sustentabilidade.
A escolha do local deve privilegiar iluminação e ventilação naturais e facilitar o transporte de funcionários.
Internamente, ela recomenda pintura clara e móveis de madeira certificada.



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