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gestão - vendas
Promoção de fim de ano deve ser contida
Dar descontos e parcelar o valor de etiqueta nem sempre levam aos resultados almejados
Marcelo Justo/Folha Imagem
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O proprietário de sebos José Carlos de Freitas, 34, escolhe os livros que terão desconto |
DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para os empresários em geral, a contagem regressiva do
término de 2007 tem início
amanhã, primeiro dia útil do
último mês do ano. Motivo de
comemoração para comerciantes, que costumam ter receita
recorde em dezembro.
O momento parece bastante
propício para oferecer todo tipo de promoção, com o intuito
de atrair o maior número de
consumidores para sua loja.
Especialistas ouvidos pela
Folha recomendam, no entanto, muita calma na hora do
planejamento dessas promoções, a fim de evitar que, em
vez de lucro, haja prejuízo.
"É importante o comerciante se questionar sobre o valor
que gera quando promove determinado produto", diz Camila Holpert, 30, professora de
estratégia de negócios da BBS
(Brazilian Business School).
Para Holpert, uma redução
drástica no preço, por exemplo,
pode causar no consumidor
sensação contrária: a de que o
estabelecimento vinha cobrando um preço abusivo pelo item.
Mas há quem se muna dessa
tática. José Carlos de Freitas,
34, proprietário do Sebo Alternativa, que tem três lojas em
São Paulo, é um exemplo.
Para o final do ano, Freitas
pretende oferecer cerca de 50
títulos da editora Companhia
das Letras por 50% do preço de
capa. Outros títulos podem ser
vendidos até 15% mais barato.
"A prática de oferecer promoções não é comum nos sebos da região", afirma Freitas.
Denominador comum
Se, em lugar de vender mais
barato, o lojista escolhe a venda
dividida em várias parcelas para conquistar clientes, outros
cuidados devem ser tomados.
Na avaliação de Fernando
Manfio, 45, sócio-diretor da
Witrisk, consultoria de inteligência em gestão de riscos,
o crédito é muitas vezes explo-rado de forma exagerada.
Segundo Manfio, há produtos que não devem ser parcelados em vários pagamentos.
"Imagine comprar uma calça
e pagá-la em dez vezes", exemplifica. "Ela pode rasgar ou o
comprador pode engordar e
mesmo assim terá de continuar
a pagar as prestações. Nesse
caso, a chance de haver inadimplência será maior."
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