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Crédito para inovação tem condições atraentes
Modalidades oferecem recurso não reembolsável e juro reduzido
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem tem uma boa ideia dispõe de linhas de crédito mais
vantajosas, as voltadas ao incentivo à inovação. "[Ela] não
está restrita à tecnologia", diz
Eduardo Rath Fingerl, diretor
da área de mercado de capitais
do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social). "A empresa pode ter algo inovador em processos,
marketing, ações de governança ou design."
Linhas públicas de investimento dão dinheiro sem exigir
reembolso integral, têm taxas
de juros reduzidas e até apoiam
fundos de capital de risco.
Para conseguir empréstimo
por essas linhas, é preciso mandar um projeto às fomentadoras, com plano de negócio, estudos de marketing e conhecimentos de RH e de gestão.
Aproximar-se de uma incubadora ajuda -há cerca de 400
no país. O incubado aprende a
inscrever projetos em programas de financiamento, participa de eventos e faz contato com
embaixadas comerciais.
"Não tinha ideia do que fazer
até chegar à incubadora", conta
Vera Fantinato, proprietária da
Veran, que desenvolve um iogurte probiótico para prevenir
amidalites. No Hotel de Projetos do Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas), ela aprende a administrar.
Nas incubadoras, consultores acompanham editais de
programas de financiamento
públicos e sabem como encontrar investidores privados.
A ABDI (Agência Brasileira
de Desenvolvimento Industrial) também orienta sobre
captação de recursos em seu
curso, que explica programas
de subvenção e ajuda a elaborar
um projeto. O conteúdo do curso pode ser acessado em
www.abdi.com.br.
Acionistas
Além desses recursos, incentivos do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico), da
Fapesp (Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São
Paulo) e de outros institutos de
fomento à pesquisa podem ser
usados para contratar mão de
obra para os laboratórios.
O BNDES também pode entrar com capital para pesquisa e
desenvolvimento -em contrapartida, vira um de seus acionistas ou sócio minoritário.
Para Fingerl, essa opção é
vantajosa porque não pede garantias. "Seu capital intelectual
é sua diferenciação, e o empreendedor não tem dinheiro
para pagar juros", diz.
Até a instabilidade no cenário financeiro pode virar aliada
de empresas que apostam em
inovações tecnológicas. "A crise não bateu nos investimentos
em tecnologia", avalia Sérgio
Risola, gerente do Cietec. "A
volatilidade nas Bolsas empurra "anjos" e "ventures" [capitalistas de risco] para o nosso lado."
"Anjos" são pessoas físicas
que investem em projetos inovadores. Em troca, viram sócias
da empresa e lucram com a
venda das ações.
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