São Paulo, domingo, 03 de junho de 2007


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NOS QUATRO CANTOS DO MUNDO

Empresas embarcam para o exterior com ritmo brasileiro

Ao som de samba, forró e chorinho, firmas ganham mercado internacional

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Além do trio Rio de Janeiro, futebol e Carnaval, empreendedores identificaram outra marca brasileira que tem gerado negócios no exterior: a música.
Samba, forró e chorinho são ritmos que vêm ganhando espaço em prateleiras de CDs e pistas de dança estrangeiras.
Na capital inglesa, é em uma escola de samba que a "grife Brasil" tem sido impressa.
Fundada em 2002, a "Paraiso School of Samba" não só mantém professores para ensinar novos passos aos alunos. A firma investe ainda em uma escola de samba, que desfila no carnaval da cidade, em agosto.
O carro-chefe, no entanto, são as aulas de dança. Um dos fundadores do empreendimento, Henrique da Silva, afirma que foram necessários quatro anos para que o negócio tivesse maior visibilidade.
Além da ajuda dos amigos no Brasil, que contribuíram com o envio de material para o Carnaval, Silva diz que a empresa contou também com o apoio financeiro do departamento de cultura do governo britânico.
Atualmente, as aulas são ministradas em dois locais diferentes. "Alugamos o galpão de uma igreja -que tem paredes grossas que abafam o som- e um espaço em um centro comunitário", destaca Silva.
A JPR Produções é outro empreendimento que não utiliza apenas a pista de dança para lucrar com o gingado brasileiro.
Além de aulas de forró, a empresa, formada por três músicos, também promove shows em casas noturnas parisienses.
O improviso, no entanto, não foi algo utilizado durante a formação do empreendimento.
Só depois de muita pesquisa e de um dos sócios já haver mapeado as oportunidades no local, conta o sócio Paulo Camargo, é que os outros dois proprietários -incluindo ele- migraram para a capital francesa.
"É complicado ir para outro país sem um planejamento."

Novo foco
O empresário Daniel Dalarossa já conhecia os desafios de abrir um empreendimento no exterior antes de partir para uma segunda aventura.
Vendeu sua empresa de tecnologia da informação e, com um investimento de US$ 250 mil, apostou na criação de uma empresa de CDs de chorinho que orientam o aprendizado de um instrumento musical.
Radicado há 16 anos nos Estados Unidos, Dalarossa conta que a Choromusic começou a funcionar em fevereiro.
"Conheço bem o mercado americano e sei que não há nada igual [ao chorinho] aqui."
O potencial, diz, não se limita apenas aos Estados Unidos. "Estou negociando para abrir uma filial no Japão", diz. (MCN)


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