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NOS QUATRO CANTOS DO MUNDO
Empresas embarcam para o exterior com ritmo brasileiro
Ao som de samba, forró e chorinho, firmas ganham mercado internacional
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Além do trio Rio de Janeiro,
futebol e Carnaval, empreendedores identificaram outra marca brasileira que tem gerado
negócios no exterior: a música.
Samba, forró e chorinho são
ritmos que vêm ganhando espaço em prateleiras de CDs e
pistas de dança estrangeiras.
Na capital inglesa, é em uma
escola de samba que a "grife
Brasil" tem sido impressa.
Fundada em 2002, a "Paraiso
School of Samba" não só mantém professores para ensinar
novos passos aos alunos. A firma investe ainda em uma escola de samba, que desfila no carnaval da cidade, em agosto.
O carro-chefe, no entanto,
são as aulas de dança. Um dos
fundadores do empreendimento, Henrique da Silva, afirma
que foram necessários quatro
anos para que o negócio tivesse
maior visibilidade.
Além da ajuda dos amigos no
Brasil, que contribuíram com o
envio de material para o Carnaval, Silva diz que a empresa
contou também com o apoio financeiro do departamento de
cultura do governo britânico.
Atualmente, as aulas são ministradas em dois locais diferentes. "Alugamos o galpão de
uma igreja -que tem paredes
grossas que abafam o som- e
um espaço em um centro comunitário", destaca Silva.
A JPR Produções é outro empreendimento que não utiliza
apenas a pista de dança para lucrar com o gingado brasileiro.
Além de aulas de forró, a empresa, formada por três músicos, também promove shows
em casas noturnas parisienses.
O improviso, no entanto, não
foi algo utilizado durante a formação do empreendimento.
Só depois de muita pesquisa e
de um dos sócios já haver mapeado as oportunidades no local, conta o sócio Paulo Camargo, é que os outros dois proprietários -incluindo ele- migraram para a capital francesa.
"É complicado ir para outro
país sem um planejamento."
Novo foco
O empresário Daniel Dalarossa já conhecia os desafios de
abrir um empreendimento no
exterior antes de partir para
uma segunda aventura.
Vendeu sua empresa de tecnologia da informação e, com
um investimento de US$ 250
mil, apostou na criação de uma
empresa de CDs de chorinho
que orientam o aprendizado de
um instrumento musical.
Radicado há 16 anos nos Estados Unidos, Dalarossa conta
que a Choromusic começou a
funcionar em fevereiro.
"Conheço bem o mercado
americano e sei que não há nada igual [ao chorinho] aqui."
O potencial, diz, não se limita
apenas aos Estados Unidos.
"Estou negociando para abrir
uma filial no Japão", diz.
(MCN)
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