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OPORTUNIDADE
Conceito multicultural e nova roupagem contribuem para a expansão das feiras alternativas na cidade
Bazar se renova e vira canal para estreante
MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Lembra-se daqueles bazares em
que sua avó fazia compras? Eles
ressurgiram renovados, tornando-se oportunos a quem procura
um canal de vendas diferente.
Além de ganhar mais espaço e
caráter alternativo, os bazares são
agora eventos repletos de atrações
culturais, com nova roupagem no
conceito e na função.
De acordo com Claudio Felisoni
de Angelo, coordenador-geral do
Programa de Administração de
Varejo da Fundação Instituto de
Administração (Provar/FIA), trata-se de uma boa opção para começar um negócio. "O maior
atrativo é que os bazares geram
uma demanda resultante da sinergia dos expositores", afirma.
Não foi por acaso que Alexandre Herchcovitch, Marcelo Sommer, Thaís Gusmão, Caio Gobbi e
Fause Hatten, que eram apenas
marcas alternativas, ganharam
status de grife com o Mercado
Mundo Mix, precursor, nos anos
90, desse tipo de evento no Brasil.
"Tive uma abertura enorme no
mercado. As pessoas que freqüentam esses espaços vão atrás
de coisas novas, e quem tem um
trabalho criativo consegue se destacar", opina Thaís Gusmão, 29.
Passados seis anos desde o início de sua carreira como estilista
de lingerie, Gusmão alcançou o
sucesso apostando em uma releitura contemporânea do "underwear". A estilista, que começou
vendendo peças para amigas na
faculdade, é hoje dona de cinco
lojas e tem seus produtos comercializados em países europeus.
Vantagens
O conceito é bem explorado por
artistas, estilistas e decoradores
que não querem correr o risco de
abrir um ponto comercial e arcar
com investimentos maiores ou
que buscam um teste de mercado.
Foi o caso de Adeh Oliveira, 40,
que cria moda masculina e começou a expor em bazares há cerca
de cinco anos. "Foi um período de
observação para analisar se vale a
pena montar um negócio", conta.
Atualmente participando do bazar Como Assim?!, Oliveira investe R$ 400 por mês na locação do
espaço para expor suas peças e
vende em média R$ 900 por dia.
"Como não tenho concorrentes
e trabalho com um produto específico, aproveito o espaço para fazer boas vendas e contatos", conta
o artista plástico Antonio Wilson
Nagoya, 55, que trabalha com arte
em arame. Só em bazares, o artista plástico diz ter um ganho de
R$ 6.000 mensais. Aos domingos,
fatura R$ 1.200 e, no fim do ano,
esse valor salta para R$ 5.000.
Porém, nem tudo é fácil. Como
as feiras culturais acontecem nos
fins de semana ou em períodos
curtos, um dia ruim pode ser irrecuperável no fim do mês. O trabalho também é pesado, já que são
várias horas seguidas de contatos
e vendas. Outra preocupação é escolher bazares cujo público seja o
alvo do expositor.
Como Assim?!: 0/xx/11/3887-2406;
O Pulgueiro: 0/xx/11/3284-6965.
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