São Paulo, domingo, 03 de setembro de 2006


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AJUDA À MÃO

Incubadoras crescem 11% em 2006

Evento do setor debate a importância de atrelar o conhecimento acadêmico ao de mercado

Renato Stockler/Folha Imagem
O engenheiro Humberto Ribeiro de Souza, que testa equipamento desenvolvido em incubadora


MARIANA BERGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

O elo entre mercado e meio acadêmico é cada vez mais necessário para garantir diferencial tecnológico às empresas, sobretudo às mais inovadoras.
Prova disso é o crescimento do número de incubadoras no Brasil, que deve alcançar, até o fim do ano, alta de 11% em relação a 2005, segundo a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores). Atualmente, existem 359 incubadoras espalhadas pelo país com registro na associação.
"A universidade gera muito conhecimento e transfere muito pouco. Em todo o mundo já acontece, há algum tempo, o elo entre governo, universidades e empresas. Esse é um dos papéis das incubadoras", explica Paulo Tadeu Leite Arantes, diretor-executivo da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.
O apoio acadêmico às micro e pequenas empresas, que vem se tornando uma realidade no país, é mais visível quando no caso dos projetos incubados. Esse mecanismo oferece um local criado especialmente para abrigar firmas que estão em processo de criação, onde empreendedores recebem suporte até atingirem a maturidade necessária. A meta é buscar auto-suficiência para enfrentar o mercado com competitividade.
De acordo com levantamento da Anprotec, a taxa de sobrevivência média dos negócios gerados nas incubadoras de empresas é de 82%, contra 60% das empresas consolidadas sem esse tipo de apoio.
"Além de criar um ambiente estimulante, as incubadoras têm um efeito acumulativo, que atrai parceiros para o negócio. Esses, entre outros, são valores muito mais importantes do que ter rateio inicial no custo da operação", explica o vice-presidente da Anprotec, Guilherme Ary Plonski.
Representantes de todo o país se reuniram em Salvador, entre os dias 22 e 25 de agosto, para o 19º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas. No evento, o principal assunto debatido pelos participantes foi como as redes institucionais podem promover o empreendedorismo inovador.
"O papel da incubadora, além de abrigar a empresa, é ser um vetor de desenvolvimento econômico e social da região e do setor", declara Plonski.



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